Altair Silva
Eu estava lá. Maior jogo de todos os tempos
em Off topic > Eles tinham uma academia. Nós tínhamos a fé.
Em resposta ao tópico:
25/04/1971, estádio do Morumbi, 1° turno do Paulista, que já não ganhávamos à 16 anos.
A Palmeiras tinha um time que desde a década anterior conseguia fazer frente ao Santos de Pelé, com Leão, Eurico, Luís Pereira, Ademir da Guia, Leivinha, César, todos atletas que disputariam a Copa de 74 pela Seleção, enquanto o Corinthians vinha de campanhas sofríveis, que motivaram o apelido de 'faz me rir'.
E parecia que tudo se encaminhava para mais uma derrota acachapante, com um 1° tempo no qual só 1 time parecia jogar, abrindo 2x0 e acumulando chances de ampliar.
O intervalo veio como um alívio à equipe, que saiu cabisbaixa para o vestiário, onde algo aconteceu para modificar completamente o panorama da partida.
O garoto Adãozinho, visto como um novo Rivelino, entrou na equipe e deu outra cara à disputa, com passes precisos, garra e chutes potentes.
Aos 5 minutos, Mirandinha, de cabeça, diminuiu.
Aos 24, um petardo de Adãozinho, da intermediária, venceu o goleiro da Seleção, Emerson Leão, que voou inutilmente tentando evitar que a bola entrasse no ângulo esquerdo de sua meta.
O time mal teve tempo de comemorar o improvável empate, pois no minuto seguinte Leivinha voltou a colocar o alviverde em vantagem.
Talvez pensando que tinham retomado o controle, os adversários foram surpreendidos com novo empate, aos 26, com Tião, conhecido como o Medonho.
Pelas circunstâncias do embate, pela diferença técnica entre as equipes e pelo desenrolar do placar, o resultado já seria heróico, mas o melhor viria próximo ao fim do jogo, aos 43 minutos, quando Mirandinha, tão criticado pela quantidade de gols que perdia, marcou e decretou o resultado final de 4x3 para o Alvinegro do Parque São Jorge.
Um jogo que provocou fortes emoções nas 2 torcidas, mas principalmente na corinthiana, que viu em campo atletas que honraram as melhores tradições da sua história, de garra, persistência, fibra, de não desistir e assim superar um oponente tecnicamente muito superior, virando jogos dados como perdidos.
Quando time e torcida entram em sintonia, já está provado que podemos realizar o que para muitos parece improvável.
Às vésperas de outro jogo contra nosso maior rival, é este espírito que deve nos motivar.
AQUI É CORINTHIANS!
VAMOS MEU Timão! NÃO PARA DE LUTAR!