Renan Bushidô
Houve uma enquete por este canal, via Twitter, quais seriam as perguntas, se pudéssemos fazer, para os candidatos à presidência do Corinthians. Inúmeras perguntas citavam por transparência nas contas, como iríamos pagarmos o estádio...
Eis que surge uma matéria:
BRL TRUST cobra R$ 40,3 milhões do Corinthians. Dívida aumentou 33% em dois meses
Na última sexta-feira (13), a BRL Trust, que segue na gestão do Arena Fundo, responsável pela contabilidade do estádio de Itaquera, meses após ter apresentado estranha carta de renúncia, protocolou na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) novo Informe Mensal de receitas e despesas da operação.
A dívida do Corinthians com a Odebrecht caiu de R$ 348,8 milhões para R$ 343,4 milhões, redução, portanto, de R$ 5,5 milhões, certamente oriunda da venda de ingressos de partidas do clube no Brasileirão.
Existe, porém, no campo “outros valores a receber”, estranho apontamento de R$ 40,3 milhões, sem especificação detalhada, como deveria ocorrer, da origem da pendência.
Em agosto, esta pendência era de R$ 27 milhões, subindo para 34,6 milhões em setembro, com aumento agora de mais 5,7 milhões, que perfazem, em apenas dois meses, 33% de acréscimo, totalizando os R$ 40,3 milhões.
Levando-se em consideração que a receita do Arena Fundo é integralmente proveniente de recursos repassados pelo Corinthians, subentende-se que o devedor seja o clube de Parque São Jorge, que é cobrado, também, no mesmo documento, pelo pagamento de taxa de administração no valor de R$ 100,6 mil.
Observa-se, por fim, que boa parte dos CIDs, cedidos pela Prefeitura de São Paulo, a princípio R$ 420 milhões, já foram utilizados, restando ainda R$ 296,5 milhões, apontados como “outros direitos reais”, estranhamente ainda em poder dos gestores, quando, em verdade, já deveriam ter sido repassados à construtora, o que, em consequência, praticamente zeraria esta parte da pendência alvinegra, restando apenas equacionar o acordo com o BNDES.
Quem tem razão?