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Post de Døuglas no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Isso também acabou com as festas nos estádios, hoje na Inglaterra é um verdadeiro Teatro!

em Bate-Papo da Torcida > Inglaterra: Grande exemplo que o Brasil poderia seguir para acabar...

Em resposta ao tópico:

Se o Brasil conseguisse implantar o modelo que a Inglaterra utilizou após a tragédia no jogo entre Liverpool e Juventus de 1985, que vieram a falecer 39 pessoas e muitos feridos, poderíamos quem sabe, em um futuro próximo, a volta das duas torcidas em clássico no estado de São Paulo, o que engrandeceria e muito o espetáculo. Abaixo matéria da revista Veja de 2013, que mostra como eles praticamente acabaram com a violência nos estádios, através do uso de tecnologia; leis mais duras como prisões e exclusões do futebol; fichamento dos torcedores; identificação previamente antes dos jogos de hooligans; construções de estádios modernos sem alambrado com cadeiras em todos os setores e serviços de inteligência da polícia para descobrir vândalos:

https://veja.abril.com.br/esporte/como-a-inglaterra-acabou-com-a-barbarie-das-torcidas/ Como a Inglaterra acabou com a barbárie das torcidas | VEJA.com Como a Inglaterra acabou com a barbárie das torcidas | VEJA.com Cenas como as da semana passada em Joinville eram rotina no país há trinta anos. Mas, pondo os vândalos na cadeia e construindo estádios modernos, as... veja.abril.com.br

-Há trinta anos, a violência dos torcedores ingleses mais inconsequentes, conhecidos como hooligans, provocou a exclusão das equipes do país das competições europeias por cinco anos. A razão foi a morte de 39 torcedores da Juventus, da Itália, em confronto com aficionados do Liverpool, em um jogo da Copa dos Campeões da Europa, disputado no Estádio de Heysel, em Bruxelas, na Bélgica, em 1985. Os hooligans causavam terror nas ruas e nos campos. Ocupavam as áreas mais populares dos estádios, os chamados terraces, e de lá promoviam o caos, com sessões de pancadaria e invasões de gramado. A então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, tratou de lidar com o problema à sua maneira: forte repressão policial e isolamento dos hooligans. Para conter os arruaceiros, foram instaladas grades pontiagudas, eletrificadas e com arame farpado no topo. Engaiolados, os torcedores se apinhavam como se estivessem enjaulados. A situação foi se deteriorando até 1989, quando ocorreu a maior tragédia. Na semifinal da Copa da Inglaterra, uma massa de torcedores do Liverpool que tentava chegar ao estádio de Hillsborough, um dos mais modernos do país à época, foi forçando a entrada pelos portões. A superlotação, aliada à falta de sinalização, esmagou os torcedores contra a grade que separava o campo das arquibancadas. Noventa e seis pessoas morreram esmagadas.

-As autoridades britânicas decidiram reagir. O magistrado Peter Murray Taylor foi encarregado de preparar um relatório sobre a tragédia. É dele a frase inicial deste texto, que associou a violência a uma marca indelével no país que inventou o futebol. Em seu relatório final, de janeiro de 1990, Taylor propôs uma transformação radical no futebol inglês. “O comportamento e a segurança da multidão estão diretamente relacionados à qualidade das acomodações e instalações”, concluiu. Desde Hillsborough, trinta estádios foram construídos e centenas foram reformados (nesse aspecto, o legado das belas arenas erguidas para a Copa de 2014 pode ser muito bom). Os terraces, habitat favorito dos hooligans, foram preenchidos com cadeiras. Os estádios dos times de primeira e segunda divisões passaram a ter assentos para todos os espectadores.

-Aliada à reforma dos estádios, foi criada uma política de prevenção da violência. Em vez de tentar conter os baderneiros depois do início dos confrontos, a polícia passou a identificá-los previamente. Todos os times ingleses tiveram de instalar em seus estádios sistemas de monitoramento por câmeras. Com esse aparato, a polícia faz uma varredura virtual à procura de torcedores brigões. Assim que um hooligan é localizado, é retirado do estádio. O embate entre policiais e torcida foi substituído pelo trabalho discreto de inteligência. Há um oficial escalado para estudar o comportamento dos torcedores de cada clube profissional inglês. Ele informa à polícia a identidade daqueles potencialmente mais perigosos.

-Tão ou mais importante do que a mudança nas normas é a efetiva aplicação da lei. Na temporada 2012-2013, houve 2 456 prisões de torcedores. A maioria dessas detenções resultou em Ordens de Banimento do Futebol (FBO, na sigla em inglês). O torcedor que for pego brigando recebe uma FBO e é obrigado a ficar de três a dez anos afastado dos estádios. Para garantir o cumprimento da pena, ele tem de ficar em uma delegacia enquanto seu time joga. Quando a seleção inglesa atua fora do país, o vândalo é obrigado a entregar seu passaporte cinco dias antes do jogo. Quem desrespeita a regra é preso e processado. Simples assim. Basta cumprir a lei.

-Países que seguiram o exemplo inglês, como Alemanha e Espanha, também conseguiram controlar seus hooligans. “O exemplo inglês foi decisivo para todo o futebol europeu”, disse a VEJA o alemão Heinz Palme, diretor do Centro Internacional para a Segurança no Esporte. “A Inglaterra reforçou a tese de que, quando a casa está limpa e organizada, os visitantes tendem a mantê-la assim.” Outro país que sofre com brigas nas arquibancadas, a Turquia, inovou. Em 2011, proibiu a entrada de homens adultos como punição a times cuja torcida se envolvesse em brigas. Apenas mulheres e crianças puderam frequentar as arquibancadas. Mas a medida foi inócua. Os homens voltaram e as brigas prosseguiram.

-No Brasil, duas questões explicam a violência persistente: as penas brandas previstas no Estatuto do Torcedor e a impunidade. Com isso, crimes graves acabam sem a prisão dos culpados. “A diferença é que no Brasil impera a impunidade. Na Europa, os torcedores também extrapolam os limites, mas são presos”, diz Mauricio Murad, professor de sociologia dos esportes da Universidade Salgado de Oliveira. Um exemplo dessa impunidade foi o banimento, em 1997, das torcidas Mancha Verde (do Palmeiras) e Independente (do São Paulo), que se envolveram em brigas que deixaram mortos. No mesmo ano, os mesmos vândalos voltaram aos mesmos estádios com os mesmos símbolos e as mesmas bandeiras – apenas alteraram o nome e a razão social das torcidas. “Além da impunidade, nos países europeus não existe essa relação promíscua entre clubes e vândalos de torcidas organizadas”, acrescenta Murad.

-A violência nos estádios é parte da violência da sociedade. Para que ambas sejam enfrentadas, são necessários os mesmos instrumentos: leis duras e seu cumprimento efetivo. Como fizeram os ingleses.

Os ingleses não acabaram 100% com a violência no futebol local, principalmente nos arredores, porque o mal do ser humano é a sua criação e índole pessoal, que ninguém consegue mudar, mas minimizaram consideravelmente, com leis mais duras e serviços de inteligência que inibem os vândalos de fazerem baderna.

Responder ao post do Døuglas

Réplicas desse post

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Gustavo 5.077 posts

@gustavo.henrique775 em 04/03/2018 às 17:40

Mas é melhor que a pancadaria que ocorria antes, infelizmente tiveram que ser radical.

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