O Corinthians está sempre perdendo o trem da história. Não sei explicar o motivo, mas é fato que o clube sempre esteve aquém de suas possibilidades e nunca conseguiu se firmar no local que lhe é devido. Há pouco mais de 10 anos se começou a falar da “espanholização” do futebol brasileiro e o grande temor da imprensa e das outras torcidas era de que Corinthians e Flamengo seriam os clubes que iriam deter o monopólio do futebol no Brasil. Passada mais de uma década, e vemos o Timão, mesmo com a segunda maior arrecadação do Brasil fora da festa. E pior, quem ocupou o seu lugar foi o rival, que fatura menos e tem menos torcedores. Voltemos aos primeiros anos do SCCP. Foram anos de muita dificuldade, mas de muitas conquistas. Aqueles 5,13,16 pioneiros que estavam planejando a criação de um clube desde Maio de 1910, quando o cometa Halley iluminou o céu da cidade queriam criar um clube de verdade, com sede social, prática de diversos esportes e que pudesse rivalizar com os clubes da elite paulistana. E assim foi. Conquistaram um campo, uma fama na várzea, conseguiram o acesso à Liga, arrendaram um terreno, construíram o estádio da Ponte Grade, venderam o estádio para comprar o Parque São Jorge em 1926 e depois de mutirão inauguraram o Estádio do Parque São Jorge em 1928. Depois disso muita aconteceu, muitas pessoas passaram e o clube ao longo das décadas viveu turbulências políticas que o mantiveram no provincianismo e o impediram de alcançar o lugar que a Fiel torcida, a mais louca e apaixonada desse país merecia. Eu tive muita esperança de mudança quando, depois da feliz era da democracia corinthiana, Roberto Páscoa entrou na presidência e montou um timaço em 1985. Falhou. Em 1987, o apaixonado torcedor Vicente Matheus retornou levando o clube de volta ao passado. Em 1993 minha esperança voltou com Alberto Dulib, um empresário que prometia uma espécie de profissionalização do Corinthians. Foi depois de dois anos da presidência de Marlene Matheus (mais uma artimanha do Senhor Vicente). E e esperança se renovou em 1997, quando ele constituiu um grupo de economistas chamado GAP – Grupo de Apoio à Presidência formado por 4 destacados economistas: Eduardo Rocha Azevedo (ex presidente da BOVESPA e fundador da BM&F), Luis Paulo Rosenberg (sim, ele mesmo), Emir Capez e Ibrahim Eris (ex-presidente do Banco Central). Esse grupo iria revolucionar o clube. Eles conseguiram o patrocínio-parceria do Banco Excel. Quatro meses depois o grupo renunciou. O motivo: eles tinham um acordo com o presidente de que todas as contratações passariam por eles e que até o meio do ano nenhum atleta chegaria, mas descobriram (pela imprensa?) que o então diretor de futebol, José Mansur, estava negociando a contratação do zagueiro Antônio Carlos. Em 1999 veio a Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated trazida a Dualib por J. Havilla. O Corinthians vendeu do controle de departamento de futebol, transferindo 85% para a empresa norte-americana e formando a Corinthians Licenciamento Ltda. No primeiro ano eles investiriam R$ 28 milhões para pagamento de dívidas, além de R$ 25 milhões na folha de pagamentos. As compras de jogadores também ficariam por conta dos norte-americanos. A fiel ficou feliz demais, vieram craques, ganhamos o mundial. Agora vai. Não foi. A parceria acabou em 2002 sob a alegação de que o Corinthians não cumpriu algumas cláusulas. Além disso, o HMTF entrou com uma ação cobrando R$ 45 milhões do Timão. Ficaram pendências com jogadores... Não sei bem o que houve de fato, lembro que na época outros clubes também fizeram parcerias com ISL e Nations Bank. Esse último tomou um bonde do Eurico Miranda que recebeu dinheiro para pagar dívidas e gastou com jogadores e sabe-se lá mais o que. A era Dualib foi extensa. Um escárnio que o mesmo homem ficasse tanto tempo na presidência do clube. Mas em 2005 nós nos iludimos de novo. O Alvinegro assinou contrato com a MSI, grupo liderado pelo magnata russo Boris Berezovsky e representado no Brasil pelo iraniano Kia Joorabchian, uma espécie de testa de ferro. A parceria, sempre sombria pela falta de informações sobre os investidores, trouxe ao Corinthians mais jogadores de fama internacional, como os argentinos Tevez e Mascherano, o técnico Daniel Passarella, além de estrelas do futebol nacional, como os meias Roger e Carlos Alberto. Como consequência, o título brasileiro daquele ano. Apesar da conquista, o clima nunca andou dos melhores entre clube e parceira. Kia e o enciumado Dualib entraram em rota de colisão, colocando fim ao acordo em 2006, dando início à maior crise da história corintiana. Em 2007, depois de denúncias de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, Dualib renunciou, deixando uma dívida superior a R$ 100 milhões. E veio Andrés Sanchez, um cara abusado e corajoso (não podemos negar). Ajudou a derrubar seu padrinho, largou o time para cair (segundo Nelsinho Batista) e apareceu como salvador da pátria. Me iludi novamente. Agora vai, seremos um dor melhores clubes do mundo. Vamos rivalizar com o Barcelona, quem riu, riu... Etc. O clube realmente melhorou com a audaciosa contratação do Ronaldo, construção do CT, mas viveu de mutretas e politicagens partidárias. Subiu como um foguete dando show na série B. Veio a Arena. Ganhou outros campeonatos culminando com o Mundial em 2012. Mas um homem que pensa que “clube não é para dar lucro” “investimentos assim são uma loucura, a conta vai chegar” e que durante seu mandato falava que não via a hora de ir embora não podia resultar em boa coisa. Seu sucessor fez um dos piores negócios da história na compra de Alexandre Pato, compra essa que fez o Rosenberg ir embora, porque segundo ele o Pato viria por menos de 40 milhões e 100% do passe. Veio por 40 mi e por só 50% do passe. Presidentes se sucederam, vieram esperanças e desmanchez. E chegou a última eleição. Bom, dessa vou falar pouco, todos estão acompanhando. O novo presidente concorreu com uma figura que não deveria sequer ter relevância no clube, e ganhou, claro. Mas prometeu muiiito. Prometeu o maior choque de gestão da história do clube, prometeu profissionalismo e inovação, prometeu... E colocou com o diretor de futebol um cara como o Rubão. Seu maior feito até agora foram algumas boas contratações, incluindo o Fábio Soldado, o maior contrato de patrocínio máster do futebol brasileiro, mas que infelizmente traz uma comissão suspeita e um risco de rompimento antecipado. O clube está em efervescência. Os abutres estão rondando. O presidente está sumido. Será que dia 9 virão explicações no dia da transparência? Será que o diretor de marketing vai sair? Será que vão continuar contratando por baciada nas categorias de base? O que será do clube nos próximos meses? O que será do clube nos próximos anos? Há alguma saída rumo ao nosso lugar merecido? As minhas esperanças são menores a cada ano.

É uma boa frase. Uma boa filosofia. Mas as realidades são completamente diferentes.

É notória a melhora com o Carlos Miguel e a nova dupla de zaga.

Fio acho que você é maluco kkkkk

Tá bom Paulinho kkkkk Fica tranquilo que você não vai ser querelado por nenhuma ação minha kkkkk

Pix da Empresa Legalizada de Agiotagem, também conhecida como crefisa.

Se isso for verdade (blog do paulinho é cheio de mentiras) é mais um escândalo da R&T. Cadê o tal de Salazar para apurar isso. Cadê o Vessoni?

Não sei o que é pior: torcedor instigando tumulto ou conselheiro ex-diretor com dor nos cornos.

Infelizmente a fama de caloteiro é uma vergonha. Mas o presidente de um clubeco de bairro com um estádio caindo aos pedaços com uma iluminação de várzea deveria ter um pouco mais de autocrítica. O Argentino Juniors é uma merdinha no mundo do futebol.

Respeito sua opinião, mas não gostei. A branca é esquisita e a all black tá mais pra all grafite.