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Otávio Lotti


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  • Otávio

    Otávio postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "O que é ser Corinthians"

    há 4 anos

    Fico feliz! Vai, Corinthians!

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  • Otávio

    Otávio postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "O que é ser Corinthians"

    há 4 anos

    O que é ser Corinthians?

    Às vezes me questiono sobre o sentimento do corintiano. Por que o corintiano insiste em dizer que ele é diferente dos outros torcedores? Para responder a essa pergunta, vamos voltar ao dia 6 de fevereiro de 1955. Corinthians campeão paulista em cima de seu maior rival: Palmeiras. O que o torcedor não imaginava é que, após essa conquista, o clube passaria pelo maior jejum entre os grandes do futebol brasileiro. 23 anos. 23 anos de jejum podemos dizer? Não, afinal, a torcida (nosso maior título) se multiplicou nesse tempo. Muitos se perguntavam: “Como pode um time ficar sem ganhar nada e a torcida só aumentar? ”. O trabalhador que não vencia na vida, passou a se identificar com esse time que também não vencia. Ao contrário de seus rivais, Santos e Palmeiras, que viveram épocas de ouro. E daí surge o nome Time Do Povo e a identificação de um corintiano com outro - Corintiano maloqueiro e sofredor!

    O ano era 1976. Ocorre a maior movimentação já feita por torcedores de um clube no Brasil. Semifinal do Campeonato Brasileiro. Fluminense x Corinthians. Cerca de 1000 ônibus partindo de São Paulo para o Rio de Janeiro. Invasão ao Maracanã. O maior estádio do Brasil virou um jardim de emoção alvinegro. 146 mil pessoas, sendo a grande maioria de corintianos. Corinthians passa pelo Fluminense, mas perde para o Internacional na final.

    Mas como dizia Osmar Santos “Fiel, fiel, fiel sempre fiel ao lado de você, Corinthians, em qualquer lugar, em qualquer circunstância” e um ano depois, final do campeonato paulista de 1977. Corinthians campeão em cima da Ponte Preta em uma série de três partidas na fase final. Na primeira partida, Corinthians 1 a 0. Mas na segunda partida, a Macaca faz 2 a 1 num Morumbi com mais de 142.000 mil pessoas, forçando um terceiro jogo. No qual o volante Basílio consegue fazer o gol do título, dando fim ao jejum de 23 anos.

    A partir daí, uma nova ambição, a conquista do Campeonato Brasileiro, o Corinthians era o único dentre os grandes que ainda não havia comemorado o maior título de seu país. Para buscar esse objetivo, Vicente Matheus (presidente na época) procurava um jogador diferenciado. E havia um tal de Doutor Sócrates no interior de São Paulo, jogando pelo Botafogo-SP, que chamava a atenção dos clubes das capital, principalmente do clube do Morumbi, que estava quase fechando com o Magrão. Vicente então vai até Ribeirão Preto, dá um balão no São Paulo, e contrata um dos maiores ídolos da torcida corintiana.

    Sócrates fez história no Parque São Jorge e foi uma das figuras mais importantes na história da Corinthians. O Doutor da Bola ultrapassou as barreiras do futebol e lutou por causas políticas dentro do clube, na época da Democracia Corithiana. “Eu era Santista, mas me tornei Corinthiano. Não tem como não virar a casaca no Corinthians!”, declarou Sócrates.

    Estamos no fim da década de 80, Sócrates e companhia venceram três campeonatos paulistas, mas o título brasileiro ainda estava distante.

    Em 1989, o Corinthians decide trocar um jogador com seu arquirrival Palmeiras, para ficar com José Ferreira Neto, o famoso Craque Neto. Um exímio cobrador de faltas.

    Em 1990, o time do Corinthians era tecnicamente limitado. Os destaques, além de Neto, eram o goleiro Ronaldo e zagueiro Marcelo Dijan. Depois de uma campanha irregular na primeira fase do campeonato, o time ficou com a penúltima vaga para as oitavas-de-final. Iria enfrentar o Atlético Mineiro. Foi quando Neto fez valer sua condição de líder. Na partida de ida, os mineiros saíram na frente. Mas Neto fez dois gols e sacramentou a virada. No Mineirão, o time segurou o empate por 0 a 0 e foi para a semifinal.

    Era a vez de enfrentar o Bahia, campeão de 1988. Em São Paulo, o Bahia saiu na frente no placar. O Corinthians empata. E Neto, de falta, fez o gol da virada. No jogo de volta, o Corinthians mais uma vez segurou o empate por 0 a 0.

    A final seria contra o então vice-campeão brasileiro São Paulo, treinado por Telê Santana e com um elenco muito superior, Raí, Cafu, entre outros, que mais tarde seriam Bimundial. O Corinthians dependia de Neto e da determinação dos outros jogadores, e ele correspondeu: cobrou uma falta e deixou Wilson Mano livre para fazer 1 a 0. No jogo de volta, com público superior a 100.000 pessoas e com o Estádio do Morumbi 85% ocupado pela Nação Corintiana. 1 a 0, gol de Tupãzinho. Festa para Neto, para o Corinthians e para toda a gigantesca e fervorosa Fiel Torcida.

    Após a conquista do país, um novo objetivo vem à tona: a conquista da América, a tão desejada Libertadores.

    Em 1995, com brilho de Marcelinho Carioca, clube alvinegro conquistou o Paulistão diante do rival Palmeiras e a sua primeira Copa do Brasil contra o Grêmio. Ao final da década Corinthians montou um time repleto de craques, ao lado do Pé de anjo estavam Gamarra, Rincón, Ricardinho, Vampeta, Edílson, Dida, entre outros. Sagraram-se campeões brasileiros em 1998 e 1999.

    Veio o ano 2000, e o título brasileiro de 1999 acabou dando ao Corinthians o status de melhor time do país-sede do Mundial por dois anos seguidos, o que legitimou sua participação no torneio. Durante a competição, Corinthians e Real Madrid empatarm por 2 a 2. Dois gols de Edílson e dois gols de Anelka. Para a final, no Maracanã, o favoritismo era do Vasco de Romário e Edmundo. Após empate sem gols, a decisão foi para os pênaltis e terminou no chute para fora de Edmundo. Placar final: Corinthians 4 X 3 Vasco da Gama. Primeiro campeão Mundial da Fifa.

    Em 2002, o Corinthians torna-se bicampeão da Copa do Brasil com Dida, Fábio Luciano, Kléber, Vampeta, Ricardinho, Gil, Deivid e outros.

    No início dos anos 2000, o Boca Juniors dominava a América, sendo campeão da Libertadores em 2003 em cima do Santos, com um craque se destacando: Carlitos Tévez.

    O presidente do Corinthians, então Alberto Dualib, viu no argentino a chance de o Corinthians disputar a Libertadores em alto nível. E o contratou em 2005. Contratação mais cara do futebol brasileiro até hoje (se os valores forem corrigidos pela inflação).

    Tévez foi o principal responsável pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, sendo eleito melhor jogador e artilheiro do time na competição. Claro que ao lado dele haviam outros grandes jogadores, como Nilmar, Carlos Alberto, Roger, Mascherano e o novato Jô. Ano do sempre lembrado 7 a 1 sobre o Santos.

    Em 2006, muita expectativa para a Libertadores, mas o time acabou sendo eliminado pelo River Plate nas oitavas de final. Continuara sendo o único time dos Grandes de SP sem o título. Tévez tem sua despedida conturbada.

    Chega então o pior ano da história do Todo Poderoso Timão: 2007, ano do seu rebaixamento. “Nos boas eu te sigo. Nas más, eu te amo”, o torcedor corintiano conhece bem

    O significado dessa frase. Na série B de 2008, o Corinthians demonstrou toda a força que sua torcida representa. Jogos transmitidos aos sábados por grandes emissoras como Globo, afinal a audiência do Corinthians na série B era maior que a dos outros times na série A. Resultado: campeão com quatro rodadas de antecedência e melhor campanha da série B. Aos gritos de “Eu nunca vou te Abandonar,

    Porque eu Te Amo, Eu sooooou Corinthians”.

    Em 9 de dezembro de 2008, o Corinthians anunciou a contratação mais surpreendente do futebol Brasileiro: Ronaldo Fenômeno, que estava sem jogar há dez meses e recuperava-se de uma cirurgia no joelho esquerdo. Contratação essa que representava nossa história, afinal, assim como o Corinthians, Ronaldo superou muitos obstáculos e se tornou um dos maiores jogadores de todos os tempos.

    2009 começa. Comandado por Mano Menezes, o elenco formado por Ronaldo, Chicão, Elias, Jorge Henrique, Dentinho, Andrés Santos, Cristian, entre outros, chega com tudo à elite do futebol brasileiro. Vencendo Campeonato Paulista e Copa da Brasil.

    De lá para cá todos sabem a história. Corinthians multicampeão. Libertadores em cima do Boca Juniors em 2012. Maior movimentação de um time para fora do seu país: 30 mil torcedores em Yokohama, no Japão. Campeão Mundial. Mas não vou detalhar essas conquistas, afinal a grandeza de um clube vai muito além de títulos.

    Para finalizar, nas palavras do são-paulino Rica Perone: “Eu nunca entendi, quando garoto, porque aquele time que não tinha estádio, não tinha nem Brasileirão ainda, acabara de sair de uma fila gigante e sem estrutura poderia se comparar ao meu.

    Afinal, como esse time pode ter mais torcida que outros que vivem bom momento? Como é possível tanta gente gostar e idolatrar um clube que mais decepciona do que dá alegrias?

    Porque a mídia falava tanto do Corinthians? Porque o clássico era, pra imprensa, “Corinthians e São Paulo”, e não o contrário? Porque eles vendiam na crise, porque eles tinham destaque na TV todo dia mais que os outros?

    Que diabos de bonito havia em jogar num estádio pequeno e alugado? Porque era tão “importante” pra eles serem “fieis” na alegria e na dor? Porque exaltar a dor?

    Nunca entendi, pois meu time não deixava. Ele é muito diferente do Corinthians, quase o extremo oposto.

    Até que passei a estudar, conhecer, respeitar, amadurecer. E assim, junto com a paixão pelo futebol em geral, veio o respeito e o entendimento de tudo que jamais consegui entender.

    Ele é o que é porque sua história representa mais do que um clube. Representa o operário vencendo a elite. Representa o povão encarando os ricos, saindo da várzea para ser protagonista entre a elite. E sua origem é essa, belíssima.

    Conquistou algo que raros conseguiram, que é uma torcida gigante e “fiel”. E fiel é aquele que está ali na alegria e na dor, como nota-se o crescimento da massa alvi-negra nos extremos momentos de dor.

    Eles se acham a mais forte torcida de São Paulo, e são.

    Eles nunca foram coadjuvantes. Eles conseguem ser protagonistas na crise, na boa, na liderança ou na lanterna. Todo santo dia só se fala no Corinthians. Você liga a TV e discutem a fase do Corinthians. Liga o rádio e há sempre uma reportagem sobre o Corinthians.

    Isso não é “comprado”, não é “sorte”, é apenas mérito místico de quem conseguiu se transformar num gigante saindo da lama. E é essa a história.

    Aquele bando de loucos que tanto incomoda aos rivais continuará crescendo. Independente de títulos, crises, rebaixamentos ou problemas administrativos. Simplesmente porque o Corinthians assim se fez, assim cresceu e assim se tornou o que é hoje.

    Grandeza, quando não se explica, é porque é maior do que pode ser explicado. E assim é o Corinthians .”

    Espero que tenha entendido o que é ser Corinthians.

    Otávio Lotti

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