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Faz sentido?

Corinthians venceu Chapecoense com gol de bola parada de Danilo Avelar

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Ué

Opinião de Lucas Faraldo

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Cenário 1

Time engata uma sequência de resultados negativos. Técnico balança. São contestados aqueles que criticam focados nos resultados.

"A gente fica feliz pelo desempenho. É claro que tem que separar o desempenho do resultado. O Corinthians tem que vencer sempre, mas o desempenho foi muito bom", disse Jair Ventura após um empate de 0 a 0 do Corinthians com o América-MG há um ano e uma semana.

Cenário 2

Time engata uma sequência de resultados positivos. Técnico não balança. São contestados aqueles que criticam focados no desempenho.

"Nos últimos jogos a gente não vem apresentando um futebol de aplausos, de encher os olhos, mas futebol é resultado", disse Danilo Avelar após a vitória de 1 a 0 sobre a Chapecoense, na noite da última quinta-feria.

Ué.

A impressão que fica é a de que, quando o "resultadismo" é favorável, convém utilizá-lo para minimizar um desempenho aquém do esperado. Quando é desfavorável, convém condená-lo para enaltecer um suposto desempenho dentro ou até acima do esperado.

Falar hoje que "futebol é resultado" é legitimar amanhã eventual crítica rasa sobre a falta de resultados de um trabalho que pode sim estar evoluindo em termos de desempenho.

E essa possível futura evolução de desempenho passa inicial e inevitavelmente pela auto-crítica. Auto-crítica que não enxergo hoje em Fábio Carille, seus comandados nem qualquer um que se feche na "bolha Corinthians" enaltecendo cegamente os resultados.

Até porque não há hoje exigência por "futebol de aplausos". Do que a torcida parece sentir mais falta são variações táticas de Carille, intensidade regular dos jogadores e, talvez acima de tudo, interesse geral em atacar – e seguir atacando depois de tomar a frente no placar.

Veja mais em: Danilo Avelar , Fábio Carille e Campeonato Brasileiro .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Lucas Faraldo Knopf

Jornalista pela ECA-USP e ex-Esporte Interativo, Jovem Pan e Lance!. Hoje trabalha no Meu Timão. Autor do livro 'Impedimento - Machismo, racismo, homofobia e elitização como opressões no futebol'.

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