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Poucas e boas
Tiago conseguiu (quase) tudo o que pediu
Análise de Marco Bello
O Corinthians estreia nesta quarta-feira em 2020 em um torneio de verão amistoso, em um jogo que nada vale, além de aliviar um pouco a ansiedade do torcedor por ver seu time em campo.
O adversário nada representa, e provavelmente o time que começará jogando não será aquele que estará em campo no dia 5 de fevereiro, no jogo mais importante deste início de ano pela Pré-Libertadores da América.
Embora tudo isso seja verdade, já podemos analisar este período de férias, o que fez a diretoria e o que fez o técnico Tiago Nunes.
Tiago apontou cinco posições carentes na equipe. Zagueiro, lateral-esquerda, volante, meia e atacante de lado.
Para a zaga, o treinador gostaria de ter um jogador canhoto, e foi convencido por pessoas do clube que Danilo Avelar poderia ser uma boa aposta, sem gastar dinheiro.
Para a lateral-esquerda o clube contratou Sidcley, que não era o plano A mas foi o mais barato.
Para o meio de campo, o treinador conseguiu o que queria. Os dois planos A foram contratados. Victor Cantillo e Luan.
Para o ataque, o Corinthians não conseguiu contratar Michael e continua no mercado atrás de um jogador que chegue para ser titular. A tal aposta certeira.
Muitos jogadores foram dispensados e emprestados, o grupo está bem mais enxuto. Praticamente dois jogadores para cada posição.
Das contratações até aqui (quatro), só um não começa o ano como titular, Matheus Davó, que não foi um pedido do técnico.
Sidcley chegou nitidamente fora de forma, e talvez não comece como titular, dando espaço para Lucas Piton, o que pode ser até bom para o time caso o garoto comece bem. Ele pode ficar com a vaga.
Camacho e Pedro Henrique, que voltaram por pedido do técnico, também devem começar como titulares.
Tiago Nunes moldou a equipe. Dos 11 que começariam a temporada (com todos 100% fisicamente), 5 foram pedidos dele.
Pedro Henrique, Sidcley, Camacho, Cantillo e Luan. Se chegar um atacante, mais da metade do time titular será novo.
Ou seja, foram poucas contratações, menos do que nas últimas temporadas. Mais barato, menos endividamento. Mas contratações pontuais e certeiras.
Se dará certo ou não, agora é na conta do novo treinador.