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Tem que saber usar o elenco
Sylvinho é motorista de Fusca dirigindo um carro de luxo
Opinião de Roberto Gomes Zanin
Certa vez conheci um museu de carros importados em Gramado, no Rio Grande do Sul.
Você escolhe o automóvel e pode dar um passeio com a máquina dos seus sonhos.
Escolhi uma Ferrari. Entrei no carro e o funcionário do museu que iria ao meu lado foi logo avisando que, por questões de segurança, eu não poderia ultrapassar os 80 km por hora.
O Corinthians do “moderno” Prof. Sylvio me lembra isso. Ele tem um carro possante para pilotar mas só vai, no máximo, a 80 km por hora.
Com a Arena lotada com a melhor torcida do Brasil, como jogadores do nível que temos, vimos um time de pebolim, previsível e, o que é pior, atrás da linha da bola (incrível, Sylvinho colocou William para marcar o Ferreirinha) contra um Grêmio desesperado, que se sofresse pressão e tomasse um gol, desesperaria. Entraria em pânico.
Os gaúchos abusaram das faltas. A dupla de zaga dos caras estava amarelada mas, como nosso centroavante é pesado, lento e chega sempre atrasado, Geromel e Kannemann jogaram tranquilos.
Hoje o texto é curto, já que Sylvinho não merece muitas linhas. Mais uma vez o treinador foi salvo pela genialidade dos jogadores. Hoje foi Renato Augusto, que desde que voltou se tornou o patrão do time. O dono da Arena. Frio, retardou o chute para ajeitar melhor o pé de apoio e meter a bola no trinco.
Voltando ao treinador, por incrível que pareça acho que o trabalho dele foi melhor quando o time era ruim. O Fusca que ele tinha antes da chegada dos reforços era o carro certo para quem sabe andar, no máximo, a 80 km por hora.
Precisamos de um técnico com mais repertório para o ano que vem.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.