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Coluna do Roberto Gomes Zanin
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Estamos juntos!

Esses caras me representam

Danilo Augusto Jr. Agência Corinthians.

Corinthians x Grêmio e a minha vida

Opinião de Roberto Gomes Zanin

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Ah, Corinthians! Como � bom ter voc� a meu lado em todos os momentos.

Minha vida tem sido pontuada com seus risos e l�grimas.

Lembro exatamente o que eu fazia quando voc� travava suas mais �picas batalhas.

Lembro de mim menino, ajoelhado diante da TV, com a bandeira na m�o, torcendo na disputa de p�naltis contra o Flu, no jogo da invas�o, sob o olhar at�nito de meu pai palmeirense.

Lembro-me das l�grimas infantis no ano seguinte, com a liberta��o de 77.

Como n�o me recordar que ap�s o t�tulo de 79, o Fusca do meu pai (mesmo sendo palmeirense, me levava aos jogos do Tim�o) n�o pegava porque tinham roubado o �cachimbo� do motor.

Os anos passando, grandes vit�rias e amargas derrotas se sucedendo, e o Corinthians tra�ava sua hist�ria ao mesmo tempo em que eu constru�a a minha.

No inesquec�vel t�tulo da Copa do Brasil de 95, fiz a prova na faculdade com o radinho no ouvido. Saio da Universidade e, ao atravessar a rua, sai o gol de Marcelinho. Gritei feito um louco e o vendedor de cachorro quente, alheio ao futebol, tomou um baita susto, sem sabem do que se travava.

No Mundial de 2000, eu, viajando, procurei (e achei) um restaurante em Natal para assistir � final. Na mesa ao lado, alguns antis tentaram secar, em v�o. S�o Jorge estava ao nosso lado e, gritei, sozinho, 'Corinthians, campe�o do mundo'.

Um dia depois do meu casamento, em 2001, procurava no r�dio do carro alugado para a lua-de-mel, o resultado do jogo contra o Santos, na Vila. 2 a 1 para o Tim�o.

Ano seguinte, na mesma Gramado ga�cha, chego l� e assisto ao primeiro jogo da final do BR 2002. Perdemos de 2 a 0 e passei a semana de f�rias com gosto amargo, pensando se reverter�amos o resultado.

O gol de Sheik na Libertadores, me jogou nos bra�os do meu filho. Bati o cotovelo no ch�o e me recordo do misto entre dor e alegria incontida que senti.

N�o dormi direito na v�spera da Final do Mundial contra o Chelsea, que seria logo cedo. Percebo que a luz faltou de madrugada e sinto o pavor de n�o poder ver o jogo. A energia voltou 5 minutos antes do in�cio da �pica partida.

O Corinthians esteve, est� e estar� umbilicalmente ligado ao enredo da minha vida.

E neste 25/06/2017, estava no hospital, com meu irm�o, acompanhando o meu pai. Ele teve um AVC h� um m�s e estava h� dois dias sem conseguir comer. Enquanto esperava o resultado dos exames, se se ele seria ou n�o internado, assisto ao jogo pela TV da recep��o. Entre tosses, espirros e gemidos, vi o Corinthians me encher de orgulho em meio ao sofrimento.

Esses caras me representam. Ra�a, determina��o, entrosamento, personalidade, maturidade e tudo aquilo que escrevi no meu artigo anterior.

Meu pai voltou para casa com uma sonda, dias dif�ceis nos esperam, mas voc� Corinthians, me deu uma gota de mel em meio � dura realidade da vida.

Sei que voc�, amigo, amiga, que l� este artigo tamb�m pode escrever algo parecido, de acordo com suas hist�rias. Voc� tamb�m perceber� que o nosso alvinegro fez parte de momentos marcantes de sua vida.

Um corinthiano nunca estar� sozinho.

Obrigado, Tim�o!

Veja mais em: Campeonato Brasileiro .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Roberto Gomes Zanin

Jornalista, diretor da RZ Assessoria de imprensa, bicampeão do mundo. Não sou ligado a nenhuma corrente política do clube. Quero apenas o melhor para o Timão. Discorde à vontade, mas com o respeito.

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