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Coluna do Walter Falceta
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Arena da Baixada: preciosos pontos perdidos

Agência Corinthians

Era para ter sido diferente

Opinião de Walter Falceta

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Um) Se houve justa crítica à postura tática do Corinthians nos jogos contra São Paulo e Figueirense, o argumento hoje vale menos, muito menos. O time ocupou relativamente bem os espaços, compactou suas linhas e criou várias chances de gol.

Dois) Não é fácil jogar na Arena da Baixada. O povo funga no cangote dos jogadores adversários. O teto, fechado nesta quarta-feira, amplificava a gritaria dos donos da casa. Lá, os atleticanos ainda não foram derrotados no torneio nacional.

Três) A torcida do Atlético, vale destacar, é das mais antipáticas com os visitantes. Hoje, cuspiram no pessoal reserva do Timão. Já tinham cometido tal gafe no jogo contra o Santos, pelo que pagaram apenas uma multa.

Quatro) Enfim, retornou Lucca, mas decepcionou a torcida alvinegra, que lotou um dos fundos do campo, ocupando até mesmo o anel superior. Confuso, cabeça baixa, o atacante trombou demais e produziu pouco.

Cinco) Se tratamos de compactação, elogiada no parágrafo primeiro, tratamos daquela vertical, entre as linhas. Na horizontalidade, não fomos tão bem, especialmente na frente, com os jogadores espalhados e desconectados. Piorou com a saída prematura de Marquinhos Gabriel.

Seis) Guilherme é jogador de algum talento, mas parece que não se entusiasma com a camisa do Corinthians. Entrou, acertou aqui e ali, mas sem brilho. Bateu ponto, burocraticamente.

Sete) Nesse vácuo de frente do time alvinegro, facilitava-se a saída de bola por Otávio, um volante de recursos, que joga de cabeça erguida.

Oito) Mesmo assim, o Corinthians criou várias chances para abrir o placar. Podia ter sido com Elias, por exemplo, que arrematou de longe e quase acertou a forquilha do Furacão. Poderia ter sido com Romero, que finalizou de joelho para intervenção milagrosa de Santos.

Nove) Vale o velho jargão: quem não faz, toma. E foi o que ocorreu, justamente no momento em que o Corinthians tinha maior volume de jogo. Desta vez, convém apontar para os gestores do clube. Não temos até agora um homem de referência no ataque, e essa carência já nos tirou pontos importantes nesta busca pelo hepta.

Dez) O segundo tento de Walter faz parte da crônica do desespero. Preocupado em buscar o empate, o time se adianta, sofre com um "pé mole" e toma o gol de misericórdia. Mas por que as faltas, no Timão e no Brasil, são tão mal batidas? Por que tanta imprecisão neste fundamento?

Onze) A liderança, no entanto, seria mantida se o árbitro de Santos e Flamengo tivesse anotado um pênalti claro para os rubro-negros no último lance da partida. Campeonato difícil, complexo, mas planejamento adequado e gestão profissional poderiam garantir ao Corinthians melhor posição na tabela. Nesta quarta-feira de luta no topo, era para ter sido diferente.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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