A disputa de pênaltis que tirou o Corinthians da disputa pelo título da Copa do Brasil de 2005 ainda desperta curiosidade nos torcedores alvinegros. Isso porque, para muitos, o meia-esquerda Roger teve a intenção de desperdiçar sua cobrança a fim de prejudicar o técnico argentino Daniel Passarella, que o havia barrado pouco tempo antes. O episódio foi relembrado pelo ex-companheiro de clube Carlos Alberto neste domingo.
“Até queria ouvir da boca dele, porque eu não consigo acreditar numa pessoa que vai se auto prejudicar. Se eu acho que vou prejudicar (o treinador) chutando o pênalti pra fora, eu tô me ferrando”, afirmou Carlos Alberto durante participação no programa Resenha ESPN.
Após vencer o jogo de ida por 2 a 0, o Corinthians foi ao estádio Moisés Lucarelli com a intenção de avançar para as quartas de final da Copa do Brasil. Porém, após a derrota pelo mesmo placar no tempo normal, a classificação para a próxima fase acabou decidida nas penalidades máximas – melhor para o Figueirense, que superou o Timão por 3 a 2.
Roger, no entanto, acabou marcado pela torcida alvinegra, a exemplo do que aconteceria com o atacante Alexandre Pato anos depois. Em 2014, o jornalista Juca Kfouri revelou que o agora ex-jogador e comentarista de futebol do canal SporTV teria confessado a companheiros a intenção de errar o penal, versão que Carlos Alberto custa a acreditar.
“Nesse dia, seu Miranda, o roupeiro, falou pra mim: ‘Eu ia trocar a minha geladeira’. Cara, eu tinha chegado no vestiário chorando de nervoso e falei: ‘Sério?’, e ele: ‘Eu ia trocar a minha geladeira e o Roger chutou o pênalti pra fora’. Falei: ‘Mas ele não chutou de proposito’. Eu fui criado no Fluminense, vi o Roger jogar e quero continuar não acreditando que ele fez isso de propósito... Não é que ele fez de proposito, mas o descomprometimento o fez errar”, finalizou.