Presente na investigação da Operação Lava-Jato, o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez ganhou evidência nos noticiários desta quinta-feira. Conforme publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, o ex-mandatário alvinegro foi nomeado como destino de R$ 2,5 milhões de caixa dois pagos pela construtora Odebrecht.
Responsável pela construção da Arena Corinthians, a empresa teria pago a quantia para a campanha de Andrés como deputado federal, em 2014 - justamente quando foi eleito. Já André Luiz de Oliveira, o André Negão, atual vice-presidente de Roberto de Andrade, também aparece no episódio como o responsável por receber o valor em nome de Andrés, tendo em vista que atuava como assessor parlamentar na carreira política.
Se tratando da casa corinthiana, a construtora negou qualquer tipo de pagamento de propina pela obra em Itaquera. Alegando total inocência, tanto pessoal, quanto por parte dos funcionários do Corinthians no caso , Andrés Sanchez aguarda julgamento em virtude da suspeita pelos valores acordados na construção do estádio alvinegro.
Em contrapartida, na declaração oficial ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na eleição mencionada, o ex-presidente do Timão evidenciou o gasto de R$ 2,1 milhões - o que não condiz com o informado pela construtora.
Contando com 77 executivos na Lava Jato, a construtora teve dois membros diretamente envolvidos na obra: o ex-diretor-superintendente Luiz Bueno e o ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht, Benedito Júnior, conhecido como BJ.
Vale lembrar que o atual vice-presidente do Corinthians, André Negão também foi envolvido em uma das operações da Lava-Jato, acusado de receber R$ 500 mil da Odebrecht. Na ocasião, foi detido pela Polícia Federal e acabou preso por porte de arma ilegal em sua residência. Agora já em liberdade, o mesmo segue alegando inocência ao lado de Sanchez.