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Tevez foi protagonista do título do Brasileirão 2005 pelo Corinthians

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'Não tinha união'

Técnico conta como foi treinar Tevez no Corinthians e controlar 'vaidade' do elenco

Por Meu Timão

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A passagem do atacante argentino Carlos Tevez pelo Corinthians é recheada de boas histórias. Da troca de socos com o zagueiro Marquinhos ao título do Campeonato Brasileiro de 2005, o jogador entrou para a história do Timão e se tornou um dos principais estrangeiros a passar pelo clube. O estilo de jogo brigador, aliado à técnica apurada, foi comprovado de perto por Geninho, hoje treinador do ABC.

"Não tenho o que reclamar dele. Era perfeito. Tinha um jeito fechado, falava enrolado, mas cumpria tudo, horário certinho, treinamentos. Tinha um empenho grande e por tudo isso era o destaque do time. Sempre foi um cara família. Alguns problemas dele foram por conta do apego com os mais próximos. Era muito rígido no comportamento e relacionamento, mas nunca me deu problema", recorda Geninho em entrevista ao site Foxsports.com.br.

Embora contasse com um atacante do nível de Tevez no elenco, controlar o grupo corinthiano em 2006 não foi tarefa das mais fáceis. Isso porque, naquela temporada, o Corinthians passou a conviver com as cobranças da torcida e da imprensa acerca da parceria com a MSI. Tal turbulência política teve influência direta no departamento de futebol.

"Todo dia tinha problema no Corinthians. Dentro do grupo, rolava vaidade, ego. Mas todo mundo se respeitava. Pessoal queria jogar. A disputa era grande. Era preciso administrar bem o grupo. Uma turma tombava para a diretoria, outra para a MSI. Não funcionava. Não tinha um grupo coeso. Havia respeito, mas não tinha aquela união, todo mundo puxando pelo mesmo objetivo", admite, acrescentando ainda que a presença da polícia no Parque São Jorge se tornou frequente naquele período.

"O ambiente era muito conturbado. Era um vulcão em erupção. O elenco era fantástico, jogadores de qualidade. Com tranquilidade, venceria tudo. Mas era difícil ter isso. Toda semana tinha invasão de campo na Fazendinha. Precisava de polícia para treinar. Respeito a torcida, ela ama o clube. Mas isso (invasão) atrapalha. Não ajuda o grupo e traz pressão. Não era fácil trabalhar no Corinthians", concluiu.

Somando suas duas passagens (2003 e 2006), Geninho comandou o Corinthians em 66 partidas. Sem obter resultados satisfatórios, deixou o Timão e logo acertou com o Goiás. Já Tevez, que anotou 46 gols em só 78 jogos com o manto alvinegro, foi contratado pelo West Ham United, da Inglaterra, ao lado do conterrâneo e então companheiro de time Javier Mascherano.

Veja mais em: Ex-jogadores do Corinthians.

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