A diretoria do Corinthians cogita bater o martelo pela renovação do contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal sem qualquer incremento. A negociação, que teve início em janeiro, segue em andamento e esbarra em vetos do banco estatal acerta de outros possíveis acordos do Timão.
O atual vínculo entre Corinthians e Caixa é válido até abril, mas tanto o Timão quanto o banco acenaram pela prorrogação inicialmente. A intenção do clube alvinegro é evitar problemas como os ocorridos em 2016, quando, durante o processo de renovação, a equipe precisou entrar em campo sem patrocinador master.
O patrocínio da Caixa (parte frontal da camisa) rende R$ 30 milhões anuais aos cofres corinthianos. Para 2017, entretanto, o banco estatal pretende fechar acordo apenas até dezembro, já que abriu mão de negócios que passem de um ano para o outro. Assim, a quantia a ser embolsada pelo Timão deverá ser proporcional, considerando que nenhum reajuste será proposto pela instituição financeira.
Segundo Fernando Salles, diretor de marketing corinthiano, ambas as partes discutem o veto ou não da Caixa a eventuais parcerias do Timão com empresas concorrentes – por exemplo, a comercialização de cartões de débito e crédito com a marca do time feita por outro banco.
“A maior preocupação não é com a parte financeira, é com outros ativos. São propriedades que a Caixa está vetando em parcerias com outras instituições, e nós estamos tentando liberar”, declarou Salles ao blog do Perrone.
A Caixa já havia manifestado que não aumentaria a remuneração dos 17 clubes da Série A patrocinados por ela. O congelamento do investimento desagrada as equipes na medida em que a inflação oficial do país em 2016 fechou em 6,29%, e a tendência é o banco exigir contrapartidas, como mais exposição em placas publicitárias e redes sociais.