O Corinthians vive uma "revolução secreta" em suas categorias de base. E tudo graças a uma equipe de funcionários que forma o Centro de Análise de Desempenho e Inteligência da Informação (CADI²). Trata-se de uma espécie de Cifut (Centro de Inteligência de Futebol do Corinthians), semelhante à tecnologia adotada no departamento profissional.
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Uma reportagem publicada neste sábado pelo portal Globoesporte.com esmiuça um pouco o trabalho realizado pelos analistas da base corinthiana. O coordenador Gabriel Magalhães concedeu entrevista a explicou a importância de moldar os jovens já de olho no profissional.
"Filmamos treinos do sub-20 e jogos de diferentes categorias. Com isso, isso identificamos em que o atleta está pecando ou acertando dentro dos parâmetros estabelecidos pelo clube. O departamento profissional nos passa o que quer em cada posição. Cada atributo tem um nível de importância nesta avaliação. Para um lateral, por exemplo, é imprescindível que ele vá bem no um contra um defensivo e tenha qualidade no cruzamento. Não adianta ele ser ótimo driblador e veloz se não fizer isso", relatou.
Se um lateral do Sub-20 erra um cruzamento ou um lance de marcação um contra um, por exemplo, lhe é apresentado um vídeo de Fagner ou Guilherme Arana diante de um lance semelhante. Se um atacante peca na última bola, lhe são mostradas imagens de uma jogada parecida protagonizada por Jô. E assim vai...
"O posicionamento defensivo é o mais difícil. E também questões comportamento. Por exemplo: quando o Corinthians perde a bola, todo mundo pressiona, tenta retomar rapidamente. Tentamos ensinar isso desde o Sub-15", explicou Magalhães.
E chama atenção o fato de uma figura pra lá de conhecida pela Fiel ter sido responsável pela implementação de tal método de trabalho na base: Osmar Loss, auxiliar-técnico de Fábio Carille e ex-treinador do Sub-20 do Corinthians.
"Temos dados desde 2012, mas desde dezembro do ano passado mudamos um pouco o foco do nosso trabalho. Antes, o departamento buscava dados, alimentava o sistema com informações, mas não fazia tanto a correção individual dos atletas, que hoje é nosso trabalho principal. Isso foi ideia do Osmar Loss", revelou Magalhães.
Vale lembrar que, ao longo da semana, o Meu Timão publicou um texto mostrando a mudança de mentalidade do Corinthians no processo de lapidação de seus jovens talentos já de olho na promoção ao profissional . Fabrício Oya, por exemplo, vem sendo testado na função de segundo volante, bem diferente do papel de armador que desempenhou nos seus primeiros anos com a camisa do Timão.