O que se desenhava como uma provável saída de Fábian Balbuena do Corinthians nesta janela de transferências do meio da temporada pode passar por uma reviravolta. Ao menos é isso que sinaliza a mudança de discurso do empresário do zagueiro, Augusto Paraja.
Leia também: Sem Romero e com reforço, Corinthians se reapresenta no CT
Em entrevista concedida a rádios paraguaias nesta terça-feira, o agente de Balbuena mostrou menos certeza em relação à saída outrora tida como iminente de seu cliente.
"Balbuena está no Corinthians, ele está tranquilo. Se não houver uma boa oferta, fica lá (...) Até hoje está no Corinthians e, até que um time importante apareça, vai ficar lá (no Corinthians)", afirmou o empresário, que passou as últimas semanas na Europa.
Chama atenção o fato de o mesmo Paraja, há menos de três semanas, ter praticamente anunciado que Balbuena seria vendido durante a parada para a Copa do Mundo . "Esta janela é mercado do Fabián. Há duas a três ofertas firmes sobre a mesa", afirmou na ocasião.
Nas últimas semanas, Balbuena teve o nome ligado a diversos clubes: o espanhol Celta de Vigo, os portugueses Benfica e Sporting, o turco Fenerbahçe e até mesmo a italiana Lazio, que já havia sido especulada como possível destino do zagueiro em janelas passadas.
Paralelamente à veiculação das notícias, os agentes de Balbuena se tornaram alvo de reclamações. Na imprensa portuguesa, o zagueiro corinthiano já foi praticamente descartado acusado de estar sendo leiloado . O presidente alvinegro, Andrés Sanchez, chegou a criticar publicamente os empresários do jogador paraguaio .
Balbuena renovou seu contrato com o Corinthians no fim de abril exigindo uma multa rescisória de 4 milhões de euros (R$ 18 milhões), valor considerado baixo no mercado.
A estratégia adotada pelos empresários do zagueiro é pedir valores superiores ao da multa rescisória (até o dobro!) aos clubes europeus interessados em seu cliente. A ideia é o montante previsto em contrato (os tais 4 milhões de euros) ser destinado ao Corinthians; o "extra" arrecadado na negociação, repartido em forma de luvas entre os agentes e o jogador.