O goleiro Cássio acaba invariavelmente sendo um dos personagens que mais se destaca em meio ao mau início de temporada do Corinthians defensivamente. Nem tanto por (raras) falhas individuais, mas sim por broncas nos defensores em pleno gramado ou simplesmente por ser o responsável por buscar a bola no fundo das redes a cada falha dos colegas
Assim, é correto dizer que Cássio tem propriedade quase singular para falar da situação defensiva do Corinthians. E assim o fez em entrevista concedida nesta terça-feira à ESPN Brasil, no saguão do hotel onde a delegação alvinegra está hospedada em Buenos Aires. O Timão enfrenta o Racing nesta quarta-feira, no estádio El Cilindro, pela Copa Sul-Americana.
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Ao ser questionado sobre como Fábio Carille vem lidando com a dificuldade em acertar a defesa do Corinthians nestas primeiras semanas de temporada, Cássio saiu em defesa do treinador, mas destacou o número de chances dadas aos adversários no jogo aéreo – raio-X do Meu Timão apontou essa como a causa de 61% dos gols tomados em 2019 .
"Normal, sabe? Não é uma grande... Lógico que quando você começa a tomar gol causa preocupação. Tem de acertar, melhorar. Não é desculpa nenhuma, mas não há também muito tempo para treinar. é mais vídeos, mostrar lances para evoluir. Esse último jogo já não tomamos gol. Vamos tentar nesse próximo jogo dar poucas chances, não tomar gol", disse, se referindo à vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo , na qual o Timão jogou com defesa reserva.
"Algumas situações falam de bola parada, mas se você der 15 chances para o adversário levantar bola na sua área, em pelo menos duas eles vão conseguir acertar. Mas tenho certeza que vamos evoluir na parte defensiva e voltar a tomar menos gols para a gente conseguir mais vitórias, mais resultados positivos, porque lá na frente os homens estão resolvendo (risos)", completou, se referindo a Gustagol (oito gols) e Boselli (um gol).
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Henrique e Manoel não são os (únicos) culpados
No entendimento de Cássio, é errado torcida e imprensa cobrarem a dupla de zaga do Corinthians como única culpada pelos 13 gols sofridos nas 11 primeira partidas da equipe em 2019. O camisa 12 alegou que o ponto forte da defesa consistente de Carille em 2017 e 2018 era o conjunto formado por defesa, meio de campo e até ataque. Individualmente, citou Danilo Avelar como exemplo de superação para Henrique e Manoel.
"Acho que, assim como eu falei em muitas outras entrevistas, o ponto forte não era só a linha defensiva, era o time todo. Concordo que tiveram jogos que estivemos um pouco desatentos e tomamos gols que não tomaríamos, mas não podemos culpar só a linha defensiva por isso", pontuou.
"Temos toda a confiança nos defensores, hoje vem jogando o Henrique e o Manoel, e eles tem toda a confiança. É um momento de evolução, vai crescer. Eu cito como exemplo o Avelar, um jogador que se você pegar três, quatro meses era muito contestado e hoje é um dos melhores jogadores para mim, vem fazer um grande ano. É uma questão de evolução. Temos que aprender com nossos erros para não acontecer mais", acrescentou.
Comprometimento é a palavra-chave
Com o passar dos jogos e treinos, os jogadores que chegaram recentemente ao Corinthians vão se ambientando aos que já estavam na equipe. Naturalmente, de acordo com as expectativas de Cássio, vai surgimento o comprometimento de elenco que tanto vem marcando o Timão nos últimos anos. E daí surge a solidez defensiva...
"Acho que essas questões são com treino, dia a dia para treinar, evoluir. Já temos um grande teste aqui na Argentina par ter uma defesa sólida, acho que precisamos de todos os jogadores comprometidos. Esse é meu oitavo ano aqui e o time sempre teve essa grande marca. Tenho certeza que esse ano vai ter também. Vamos ajudar para ser de novo aquela defesa sólida", analisou o arqueiro corinthiano.