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Arena Corinthians tem negociações entre clube e Caixa em rota de colisão

Bruno Teixeira/Ag. Corinthians

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Nota oficial

Corinthians se diz surpreendido com cobrança, peita Caixa e ameaça ir à Justiça

Por Meu Timão

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As tratativas entre Corinthians e Caixa Econômica Federal (CEF) passaram da "rota de negociação" para "confronto". Quem diz é o próprio clube, que publicou nesta quinta-feira nota oficial questionando publicamente uma notificação extrajudicial do banco estatal.

O Corinthians alega ter sido surpreendido ao receber notificação extrajudicial da Caixa cobrando o cumprimento de diversos procedimentos (não especificados na nota oficial do clube) prescritos pelo contrato vigente de financiamento da Arena, em Itaquera.

No entendimento do Corinthians, houve mudança inesperada de postura do banco em relação às negociações até então "amigáveis" que mantinha com o clube. Sem assinatura de qualquer dirigente, a nota oficial aponta dois caminhos para o desenrolar do imbróglio: um recuo da Caixa na cobrança ou a entrada da agremiação na Justiça.

Corinthians e Caixa negociam há anos um contrato de readequação da forma de pagamento do financiamento da Arena que seja mais compatível como a rentabilidade do estádio. O clube alega ter firmado um acordo preliminar com o banco há quase um ano, ainda que reconheça a suspensão de tal combinado enquanto aguardava troca de comando da CEF.

Desde então, o Corinthians diz ter passado a honrar seus compromissos com a Caixa baseado no acordo preliminar. "O clube sempre se pautou por total transparência quanto à sua atuação operacional e subordinação inconteste a um processo de pagamentos compatível com a realidade financeira do mercado esportivo atual", pontua a nota oficial.

"Como não houve interrupção do diálogo e tudo caminhava para um acordo mutuamente vantajoso, não há como compreender o gesto intempestivo, que sequer foi previamente comunicado à agremiação", acrescenta.

Considerando juros e correção monetária, a dívida do Corinthians com a Caixa pelo financiamento de parte da construção da Arena é na casa de R$ 425 milhões. Aproximadamente um quarto desse montante já teria sido pago pelo clube.

Em dezembro do ano passado, o Meu Timão havia publicado em primeira mão detalhes de um acordo do Corinthians com a Caixa, prestes a ser formalizado , que previa, entre outros itens, redução de R$ 5,9 milhões para R$ 2 milhões nas parcelas mensais de pagamento do clube ao banco nos meses em que houvesse menos jogos no estádio - janeiro e dezembro.

Confira na íntegra a nota oficial do Corinthians

O Sport Club Corinthians Paulista informa que enquanto finalizava negociações com a Caixa para um reperfilhamento do financiamento da Arena – processo iniciado nos primeiros dias da atual gestão — foi surpreendido por uma notificação extrajudicial alegando que diversos procedimentos prescritos pelo atual contrato não estariam sendo cumpridos.

Esta mudança de atitude não encontra respaldo na realidade dos fatos. Um acordo preliminar de adequação do contrato ao fluxo de caixa efetivo da Arena havia sido negociado há quase um ano, mas ficou suspenso pela perspectiva da iminente troca de comando da Instituição, à espera da orientação da nova gestão. Desde então, os compromissos vinham sendo honrados, como se os termos do acordo preliminar estivessem vigendo.

Além dos ajustes financeiros, a Caixa requeria a implantação de procedimentos administrativos com os quais o clube esteve sempre de acordo e cuja implementação dependia, como depende, de procedimentos dentro da Caixa até hoje não especificados definitivamente.

Assim, tanto no plano financeiro como no administrativo, o clube sempre se pautou por total transparência quanto à sua atuação operacional e subordinação inconteste a um processo de pagamentos compatível com a realidade financeira do mercado esportivo atual.

Como não houve interrupção do diálogo e tudo caminhava para um acordo mutuamente vantajoso, não há como compreender o gesto intempestivo, que sequer foi previamente comunicado à agremiação.

Ao contrário de inúmeras outras arenas que receberam da mesma linha de financiamento, o clube nunca repudiou sua dívida nem deixou de dialogar com o repassador destes recursos, a CEF, quando dificuldades transitórias se interpunham. Se a CEF escolheu trocar a rota da negociação pela do confronto, não cabe ao clube outro recurso senão defender na Justiça seus direitos.

O clube continua aberto a voltar à mesa de negociação, se a Caixa optar por prosseguir a trajetória amigável que juntos vínhamos construindo até aqui.

Veja mais em: Arena Corinthians e Diretoria do Corinthians.

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