Desde o ano passado, a contratação de Tiago Nunes vem sendo justificada da mesma maneira: o Corinthians quer mudar sua forma de jogar. A tarefa do comandante, então, é deixar a filosofia reativa para trás - foram mais de dez anos com essa ideia.
Parte importante de todo o período, que acumulou 12 títulos, Fábio Carille comentou o que acha desse processo de transição, pedindo paciência com o novo treinador. .
"Tudo chega o seu momento. A diretoria pensou em uma ideia. Muito se fala do Fábio retranqueiro, mas eu só dei seguimento em uma ideia implantada pelo Mano Menezes em 2008. Eu acompanhei todo e não iria mudar vendo o Corinthians tão vitorioso. A gente pega a Libertadores e o Mundial, o time tomou quatro gols. Só dei seguimento. Aqui mesmo (no Al-Ittihad) eu estou conseguindo implementar outra ideia", pontuou, em conversa com o SporTV.
"Agora o que o clube tem que ter é paciência. Uma mudança de 12 anos não vai acontecer em dois ou três meses. Tem que ter paciência, dar todo o apoio e acreditar que isso pode mudar", completou.
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Mais do que falar do atual momento alvinegro, Carille também comentou a última temporada, em que acabou demitido pouco antes do final do ano. Questionado sobre o que não faria novamente em caso de nova chance no Timão, o treinador foi direto, citando um problema que Tiago Nunes tem repetido, segundo muitos torcedores.
"Eu não faria muitas mudanças. Eu não tive um time para dar confiança. Quando você muda muito, você não dá confiança para os atletas. É importante você sofrer um pouco, mas os jogadores terem a confiança que vão ter uma sequência de três, quatro ou cinco jogos. Também pesa o conjunto, cada jogador gosta de receber a bola de um jeito, tem características diferentes", concluiu.
Como treinador, vale lembrar, Fábio Carille acumula 183 jogos, com 86 vitórias, 56 empates e 41 derrotas. Ao todo, foram quatro títulos conquistados: o Brasileirão de 2017 e o tricampeonato paulista de 2017 a 2019.