Entre as saídas recentes de jogadores do Corinthians, uma das mais sentidas pela torcida foi, sem dúvidas, a de Guerrero para o Flamengo. Depois de falar que só vestiria a camisa alvinegra no país,o peruano rumou ao time carioca após não entrar em acordo por renovação com o clube. Presidente na época, Roberto de Andrade explicou o adeus do centroavante e negou qualquer mágoa.
"Eu não fiquei chateado nem com o Flamengo e nem com o Guerrero, porque não cheguei nem a negociar com ele. Quando o empresário falou da proposta do Flamengo, eu não falei um valor. Não adianta você oferecer oito, cinco ou sete quando já há uma proposta de dez. Tem que oferecer 11. Então, não fiz nada. Minha dúvida era: ou pago R$ 46 milhões, que era o valor total do contrato oferecido pelo Flamengo, ou ele vai para lá. E foi por onde optamos. Não tinha como fazer uma loucura, pelas finanças do clube na época", resumiu, em entrevista à Fox Sports.
"Como faz com os outros jogadores se fecha com um só por R$ 46 milhões? Todos estavam valorizados, então não tem como fazer isso. As investidas, é normal. No futebol não existe isso de ficar magoadinho, é negócio e o jogador faz parte do negócio. Cada um procura o que é melhor para si. Se sua maneira de pensar empatar com a dele, ele joga com você. Se não, vai para onde for melhor. Quem está pagando, quer pagar menos, que está recebendo, quer receber mais. Isso é uma lei da vida, temos que entender dessa forma", completou.
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Deixando o passado de lado, Roberto de Andrade também falou do futuro do Corinthians. Em meio aos problemas financeiros graves do clube, o ex-presidente descartou a possibilidade de vermos um "novo Cruzeiro", pagando o preço das dívidas com rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
"Não enxergo isso (pode ser rebaixado). Não acho que chega nesse ponto. Até porque, o time do Corinthians não é o suprassumo, mas tem uma zaga boa, meio de campo bom, acertando uns dois jogadores pro ataque... Acho que não é time para rebaixamento. Pode brigar por uma Libertadores no Brasileirão, sem problema nenhum", concluiu.
Até o momento, cabe destacar, a situação não é das melhores. Depois de cair na Pré-Libertadores, o Timão também vai mal no Paulistão - restando duas rodadas, a equipe ainda tem chance de queda e precisa de dois tropeços adversários para sonhar com a classificação.