Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, passou ileso pelo pedido de afastamento imediato que se tornou público na última segunda-feira. A Justiça negou o pedido de impeachment contra o atual mandatário do Timão, que havia sido requisitado pelo grupo de oposição "Frente Liberdade Corinthiana" .
Nesta terça-feira, o juiz Rubens Pedreiro Lopes, da 4ª Vara Cível do Foro Regional VIII do Tatuapé, declarou que não há motivos suficientes para aceitar a ação movida pela oposição do Parque São Jorge. Na sentença, o juiz também pontuou que seria preciso ouvir o lado da diretoria corinthiana - veja trechos do documento abaixo.
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Cabe lembrar que a diretoria do Timão não demorou para se posicionar sobre o assunto após a divulgação do pedido de afastamento. Em nota oficial, o clube se mostrou tranquilo e classificou a situação como "oportunismo eleitoral" .
A principal justificativa para o pedido de impeachment foi de que houve desrespeito com o estatuto do Timão e gestão temerária. Outra questão levantada pela oposição foram os empréstimos feitos e publicados no balanço do ano passado. Ao todo, foram R$ 70 milhões repassados para dois bancos.
Confira trechos da sentença do juiz
"Diante da ausência dos requisitos legais, indefiro, por ora, o pedido de concessão de tutela sob tal fundamento. No presente caso, analisando as alegações contidas na inicial, infere-se que os elementos de convicção constantes dos autos não demonstram a fumaça do bom direito para o acolhimento da pretensão, como requerida.
Isso porque os documentos apresentados com a inicial não evidenciam a plausibilidade do argumento da parte autora, porquanto, os fatos são controvertidos e somente poderão ser melhor analisados sob o crivo do contraditório".
A resposta da chapa
Após a decisão, a chapa Frente Liberdade Corinthiana, responsável pela ação, emitiu nota oficial. Confira abaixo na íntegra.
"A Frente Liberdade Corinthiana esclarece ao público em geral que, na noite de ontem, 30/06/2020, o Poder Judiciário indeferiu um dos pedidos formulados na petição inicial. O de tutela de urgência. Motivo. A decisão poderia ser mais gravosa a Andrés Sanches, saindo da cadeira da presidência, do que a exclusão do Corinthians ao Profut, em que é beneficiário de um parcelamento fiscal. Todavia, permanece pendente o outro pleito. O de tutela de evidência, o qual será apreciado após a defesa do réu.
Diante do farto material probatório produzido, e por entendermos que o nobre e culto juiz fez uma análise superficial da demanda, como reza formalmente a lei, continuamos confiantes no resultado final. A Justiça é um valor que nasce no coração e se revela na coragem das nossas ações.
É nosso dever como associados e conselheiros lutar até o fim. A vida é feita de capítulos. Um capítulo ruim não quer dizer que é o final da história. E estamos confiantes que logo diremos: “Não foi fácil, mas conseguimos”. Afinal, como Corinthianos, que amam e se preocupam a instituição, não desistiremos nunca, pois nos fiamos na esperança de dias melhores, principalmente na chegada da justiça".