Antes de quitar um mês de salários atrasados nessa segunda-feira, o Corinthians tinha três meses de atraso com o elenco . Judicialmente, esse período sem pagamentos permite que os atletas busquem rescisão, como tem acontecido com outros clubes. Segundo Danilo Avelar, porém, isso nem chegou a ser cogitado no Timão.
"Quem é louco para fazer isso com um clube do tamanho do Corinthians? Se todos analisarem a trajetória para estar num clube como esse, jamais teria como fazer isso com o clube. Entendemos a situação. Sou empresário e sei como é difícil gerir em meio a uma pandemia, sem recurso entrando", pontuou, em coletiva virtual concedida nesta terça-feira.
"Graças a Deus temos uma condição boa, diferente de muita gente. Temos que agradecer por isso, por representar uma massa gigantesca. Seria triste se algum atleta fizesse isso. Cada um tem seu pensamento, mas eu jamais teria coragem de fazer algo assim. Conversamos, sabemos da situação. Só temos um pensamento agora: voltar a jogar, todos morrendo de vontade, um clássico ainda. Quando a bola rola, todos os problemas ficam para trás e a gente só quer dar alegria para a torcida", completou.
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Os últimos dias, cabe destacar, não marcaram chance inédita de rescisão para os jogadores. Antes de atrasar os pagamentos previstos para maio, junho e julho, o clube já tinha ficado devendo os meses de abril, maio e junho .
Recentemente, a possibilidade de deixar um clube por salários atrasados ganhou destaque no Brasil por conta de um rival alvinegro. No Santos, Eduardo Sasha e Everson buscaram a rescisão na Justiça devido aos débitos.
Embora não tenha sido alvo de nenhum processo do tipo, o Corinthians marca presença constantemente nos tribunais por ações de ex-jogadores e funcionários - há cerca de um mês, eram 177 processos jurídicos ativos .