Corinthians volta a somar três meses de salário atrasado com elenco principal
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Por Rodrigo Vessoni
O Corinthians voltou a ter três meses de atraso nos salários dos jogadores profissionais. O último vencimento foi no dia 5. A dívida, de CLT e imagem, é com os atletas que fazem parte do atual elenco e também com os que estão emprestados, mas recebem do clube integral ou parcialmente.
As parcelas atrasadas são referentes aos pagamentos que deveriam ter sido realizados nos dias 5 de abril (referente a março), 5 de junho (referente a maio) e, agora, 5 de julho (referente a junho) - clube já havia quitado o mês de abril, que foi de férias forçadas.
A somatória de três meses de salário atrasado do elenco principal já havia acontecido no início de junho, foi minimizada com a quitação das férias de abril e, novamente, volta a quebrar a cabeça dos dirigentes.
A situação causa uma certa tensão no Parque São Jorge, já que essas três parcelas de atraso permitem aos jogadores uma busca na Justiça pela rescisão unilateral do contrato. A grande preocupação, claro, seria a possibilidade da perda de ativos. Devido ao advento da pandemia e a ausência momentânea de receitas, os dirigentes não acreditam que isso acontecerá.
Uma pessoa próxima ao presidente Andrés Sanchez garantiu à reportagem que tudo já está conversado com os líderes do elenco, que os mesmos entenderam a situação e aguardam o recebimento das receitas (patrocínio, televisão e/ou venda de atletas).
Esse mesmo representante do clube garantiu ainda que a intenção é, ainda este mês, quitar os três meses e ficar em dia com o elenco. "Aí, em agosto, normalizamos tudo com a volta dos campeonatos", garantiu essa pessoa ouvida pelo Meu Timão.
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A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Corinthians para saber se haveria uma previsão de quitação de, ao menos, um dos três meses atrasados. Não houve qualquer esclarecimento até a publicação desta nota.
Vale lembrar que o grupo de jogadores do Corinthians já aceitou uma redução de 25% dos seus vencimentos, após negociação com a diretoria e dos sindicatos no final do último mês de março.
O dinheiro mais substancial aguardado pelo clube é o da transferência de Pedrinho ao Benfica, de Portugal. Um banco de Luxemburgo, pequeno país da Europa, fará a operação financeira que antecipará 100% do contrato que seria quitado pelos portugueses em quatro anos. O valor: 20 milhões de euros (cerca de R$ 110 milhões). Agora, segundo os dirigentes, questões burocráticas atrasam o recebimento.