Autora do primeiro gol olímpico da história da Neo Química Arena, a volante Ingryd compartilhou sua luta para conseguir chegar ao time do Parque São Jorge. A corinthiana de 22 anos também comentou como a oportunidade cedida pelo Corinthians foi essencial para ela;
“Eu sempre falo que a gente precisa apenas de uma oportunidade na vida para agarrar, principalmente as pessoas que vêm de baixo. A gente pode fazer o que quiser na vida, independentemente de cor, de sexo, de tudo. A gente pode fazer o que quiser”, afirmou em entrevista à ESPN Brasil.
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Ao ser questionada sobre o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em português), que tomou proporções mundiais após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, Ingryd contou como é importante que todos estejam unidos em prol da luta contra o racismo.
“A gente luta no nosso dia a dia. Mas o melhor é ver quantas pessoas abraçaram essa causa, e que continue assim. Se uma pessoa falar, não muda nada. Mas se todo mundo falar junto, faz uma grande diferença", explicou a volante alvinegra.
Ingryd relembrou barreiras que tem de quebrar por ser mulher e negra num ambiente dominado por homens. Criada pela mãe e avó, Ingryd também contou que a família é o que a motiva buscar seus sonhos todos os dias.
“Por eu ser do Nordeste, ter saído tarde de lá, eu não achava que teria uma oportunidade tão grande como estou tendo. Sou totalmente grata. É daqui para melhor. Se eu não imaginava estar aqui, por que não posso sonhar em estar em um lugar maior? Todo dia eu acordo e quero dar mais orgulho”, concluiu a jogadora.