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Felipe disputou 194 jogos pelo Corinthians e saiu do clube brigado com a diretoria

Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

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Desabafo

Ex-Corinthians, Felipe comenta briga com Andrés Sanchez e culpa Gobbi por apelido de 'mercenário'

Por Meu Timão

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Campeão paulista, da Copa do Brasil e da Série B com o Corinthians, o goleiro Felipe defendeu a equipe do Parque São Jorge de 2007 a 2010. A saída do clube foi gerada após um atrito com o então presidente Andrés Sanchez.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, o goleiro relembrou sua discussão com o dirigente na TV Bandeirantes, responsável por interromper sua passagem pelo clube. Felipe ainda mencionou Mário Gobbi (presidente entre 2012 e 2014) foi quem fez com que parte da torcida o visse como "mercenário".

"Me arrependo da forma como foi, você chegar numa TV e bater boca com o presidente (Andrés Sanchez), foi errado. Mesmo se estivesse com a razão, eu era um funcionário do clube. Mas foi muita coisa envolvida. Você sai como mercenário, mas sempre tem dois lados. Chegou uma proposta do Genoa-ITA que para o clube era boa. O clube não é obrigado a liberar o atleta. Quando chegou, era boa para o clube financeiramente e eles aceitaram. A única pessoa que falou: "Pensa melhor e não vai" foi o Mano Menezes. Era uma proposta de empréstimo, de um ano. A gente estava bem no Brasileiro, eu estava fazendo bons jogos. Mas o Corinthians aceitou a proposta", relembrou o jogador.

"Fomos para a intertemporada, me despedi dos atletas, fui para casa, mas neste ano a Itália tinha ido mal na Copa e neste período mudaram a lei. Em vez de três ou quatro estrangeiros, ia para um ou dois. E o Genoa voltou atrás, não ia gastar a vaga com um goleiro. Quando deu isso, o clube jogou a culpa em mim, e Mário Gobbi (na época diretor do clube) contratou outro goleiro (o paraguaio Bobadilla), pois não quis assumir que ele falou que eu tinha que ir. E para o torcedor o mercenário era o atleta. Não cavei proposta, ela chegou", completou.

Apesar disso, Felipe afirmou que o apelido não o incomodou e que, mesmo após a saída conturbada, recebe carinho da torcida do Corinthians até os dias atuais.

"Eu recebo muito carinho do torcedor do Corinthians ainda, mesmo depois de tanto tempo. Eu sigo páginas de torcida, eles me marcam. Mas se eu fosse mercenário, quando o Corinthians caiu todo mundo sabia que o Fluminense queria me levar, e o Fluminense era o time do dinheiro com a Unimed. E o Corinthians na Série B. Fui o segundo melhor goleiro do campeonato só atrás do Rogério Ceni que foi o campeão (pelo São Paulo), e meu time foi rebaixado. E eu tinha possibilidade de sair, Renato Gaúcho queria me levar para o Fluminense, mas ainda no Olímpico eu falei que ia ficar", apontou Felipe.

Sobre a briga com Andrés Sanchez, Felipe disse que a amizade construída por ambos não voltou a ser a mesma depois do desentendimento, mas que ele e o ex-presidente se respeitam. Felipe, inclusive, recordou um encontro com Andrés após a briga na televisão.

"Tive o problema com Andrés, depois nos encontramos várias vezes. A gente era amigo e nunca mais foi a mesma coisa, mas a gente se respeita. Quando ele trabalhava na CBF, eu encontrava ele no Rio. André Santos, Chicão e Elias fizeram essa aproximação entre a gente quando eles estavam no Flamengo, conversei com ele, mas nunca mais falamos no que aconteceu. Mas bater boca em rede nacional com o presidente foi algo pesado. Uma das coisas que me arrependo na carreira", explicou.

"Depois do acontecido, a gente almoçou junto numa churrascaria. Aí as pessoas que estavam assistindo o programa deviam pensar: "Esses caras estavam discutindo, quase se matando e agora estão sentados conversando" (risos). A gente tinha uma boa relação. Andrés é explosivo, eu também era, aí se aproveitaram da situação, eu estava dando a entrevista e botaram o Andrés ali, jogaram a casca de banana para os dois e acabei caindo. Eu estava chateado de estar um mês treinando separado. E aí na entrevista estava tudo preso", relembrou.

"Eu era jovem, acabava falando coisas que a imprensa gostava, no momento errado. Com o tempo, a gente vai aprendendo. Mas foi história mal contada, praticamente a culpa ficou como se fosse só minha, falam que eu forcei a saída, mas nunca botei a faca no peito do clube, eles podiam falar "não". Hoje deve chegar mil propostas e devem falar não. O diretor aceitou e depois quis jogar a culpa em mim", finalizou o goleiro.

Pelo Corinthians, Felipe disputou 194 jogos pelo Corinthians, sendo 100 vitórias, 56 empates e 38 derrotas. O goleiro foi expulso de campo em uma delas. O arqueiro é o sétimo da posição que mais vezes defendeu a equipe alvinegra. Hoje, aos 37 anos, o goleiro defende o Botafogo-PB há pouco mais de um ano.

Veja mais em: Ex-jogadores do Corinthians, Diretoria do Corinthians e Andrés Sanchez.

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