No dia 28 de julho de 1996, Pedro Francisco Garcia, mais conhecido como Tupãzinho, entrou em campo pela última vez como jogador do Corinthians. O ídolo da Fiel encerrou sua passagem em um amistoso, contra o Operário, no Estádio Pedro Pedrossian. O placar final foi de 4 a 0 para a equipe paulista.
Para este confronto, o técnico Valdyr Espinosa escolheu a seguinte formação: Ronaldo; Carlos Roberto, Gino, Alexandre Lopes, Sylvinho; Gilmar, Ricardo Mendes, Marcelinho, Souza; Leonardo, Alcindo. Maurício, Henrique, André Santos, Silva e Tupã entraram ao longo dos 90 minutos.
Este último jogo retrata bem o ciclo de Tupãzinho no Timão, com a constante entrada do atleta somente no segundo tempo. Vindo do Tupã Futebol Clube, time do interior em que destacou-se, o meia era considerado um atleta mediano por muitos, mas que conseguia se encaixar em qualquer posição do setor defensivo.
De 1990 à 1996, esteve poucas vezes em campo como titular. Entretanto, sempre que pisava no gramado na etapa complementar fazia a diferença. Foi assim no segundo jogo da decisão do Campeonato Brasileiro de 1990, contra o São Paulo. Em um rebote, marcou o gol da vitória e garantiu a primeira taça do Brasileirão do Corinthians. Por proporcionar uma melhora no time e incendiar a partida após sua entrada, foi nomeado pela torcida como “Talismã da Fiel”.
Ao todo, Tupãzinho vestiu a camisa alvinegra em 341 jogos, e marcou 52 gols. Além do título brasileiro, também participou das conquistas da Supercopa do Brasil de 1991, da Copa do Brasil de 1995, e do Campeonato Paulista também de 1995. Depois de sua despedida do clube do Parque São Jorge, foi emprestado para o América (MG), e no ano seguinte defendeu o Fluminense.