Um grupo de conselheiros de oposição do Corinthians entrou com recurso ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Alexandre Husni, mantendo o pedido de inelegibilidade por dez anos para o ex-presidente Andrés Sanchez, em processo aberto há mais de um mês. A informação foi divulgada pelo portal UOL.
O pedido surgiu depois que a Comissão de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo do Corinthians arquivou o pedido feito pelo mesmo grupo de oposição para que fosse votada a inelegibilidade de Andrés Sanchez em cargos eletivos em qualquer entidade desportiva profissional.
Na argumentação, afirmam que a Comissão de Ética não tem capacidade para indeferir o pedido de votação da cassação. Além disso, foi citada uma fala de Andrés para Duilio Monteiro Alves, atual presidente, em reunião do Conselho realizada em abril.
"Aliás, chama a atenção a seguinte explanação do representado (Sanchez) na supracitada reunião do Conselho Deliberativo: 'E dar parabéns ao Duilio, que agora está fazendo aqui o que eu não tive coragem de fazer, que é não contratar jogador para ter timinho, como dizem aí, que é um timinho'. Essa é uma confissão tácita de culpa grave", diz o documento.
A representação original era referente à reprovação das contas de 2019 , ano em que o clube esteve sob a presidência do dirigente. O balanço financeiro feito pelo Corinthians revelou o déficit de R$ 195 milhões naquele ano, que foi reprovado pelo Conselho Deliberativo por 132 votos a 130.
Após avaliar a defesa do ex-presidente, a comissão argumentou no parecer que o pedido não era cabível uma vez que, entre outros motivos, o mandato de Andrés já acabou. Os conselheiros da oposição que assinaram o documento pedindo a inelegibilidade ainda podem recorrer contra a decisão.