A temporada de 2021 ainda não chegou ao fim, mas o departamento de futebol feminino do Corinthians já pensa em 2022, tal como o torcedor. Assim, Cris Gambaré, diretora da modalidade, falou sobre as saídas e chegadas que a equipe pode ter.
Ao longo deste ano, a equipe alvinegra teve as baixas da lateral-direita Paulinha e das atacantes Gabi Nunes e Giovanna Crivelari, que foram para o exterior. Diante de um possível "desmanche", a torcida tem se preocupado em como o clube está se preparando para não deixar de ter uma equipe competitiva com as prováveis novas saídas.
"Trabalho não depende só de mim, depende do apoio do Corinthians, da nossa comissão, das nossas atletas. Temos todo um staff por traz disso para fazer o melhor. É natural que isso (as saídas) aconteçam. Existe um mercado, e ele é competitivo. Desde a comissão até a diretoria, a atleta é respeitada, no momento que acha que tem que ser feito. É um momento delas. Mas, por trás disso, há um planejamento de compensação financeira para direcionar e trazer o futebol feminino como profissional. Lutamos para isso. Existe um planejamento para 2022, pensando até em 2023. Nada com loucuras, muito pé no chão. Vamos sempre atuar dessa forma", expôs a diretora durante entrevista coletiva nesta quarta-feira.
O Corinthians é referência no futebol feminino tanto dentro quanto fora de campo. No início de 2020, o clube tomou uma importante decisão para melhorar o cenário da modalidade e profissionalizou todas as suas atletas. Com isso, além de proporcionar carteira assinada às jogadoras, o Timão passou a trabalhar em contratos mais duradouros e começou a colocá-los em prática na última temporada.
Atualmente, o elenco alvinegro mistura atletas com contrato se encerrando em dezembro dos anos de 2021 e 2022 e ainda conta com a goleira Natascha vinculada ao clube até maio de 2023. Sabendo do risco de perder as atletas principalmente para o exterior, Cris Gambaré contou como o clube tem trabalhado suas negociações.
"Estamos mudando a cada ano o formato de contrato e de negociação porque estamos evoluindo. Entendemos que existe um mercado estrangeiro que é rápido em levar nossas jogadoras. Então independente de idade, os contratos estão sendo mais extensos. Independe de idade mesmo, não temos esse problema. Elas rendem muito em campo, se dedicam, sabem o propósito e o peso da camisa. Mas os contratos mudaram, antes eram de um ano, mas agora se prolongaram para dois ou até três anos", explicou a diretora.