O Conselho Deliberativo do Corinthians se reuniu na noite de segunda-feira para votação da revisão orçamentária de 2022. Mas foi outro assunto que esquentou o clima entre os representantes do órgão.
Trata-se da possibilidade do acréscimo de um ano no atual mandato do presidente Duilio Monteiro Alves. O tema ganhou visibilidade entre os sócios e conselheiros após publicação do portal Meu Timão no último dia 14 e o clima esquentou na reunião.
O ex-presidente Mario Gobbi Filho, segundo relatos de conselheiros à reportagem, se exaltou quando teve acesso ao microfone e acusou Duilio e seus apoiadores de uma tentativa de golpe. O atual mandatário se incomodou como tom de Gobbi, rebateu e garantiu não ter interesse no tema.
Segundo relatos de pessoas presentes, Duilio chegou a dizer que a mudança não seria golpe se fosse votada e autorizada pelo Conselho Deliberativo e pelos sócios em Assembleia Geral. Mas ressaltou que, apesar dessa linha de raciocínio, não teria interesse em fazer tal mudança.
Além de Gobbi, outros dois conselheiros também explanaram sobre o tema e deixaram claro sua insatisfação com a possibilidade de um aumento do mandato, já que os sócios votaram e elegeram Duilio para um mandato de três, não de quatro anos.
De onde surge a ideia de mudar de três para quatro anos
Neste momento, existe uma Comissão de Reforma Estatutária que estuda diversas mudanças no regulamento interno do Corinthians, entre elas, a extensão do vínculo do presidente e dos conselheiros por doze meses, passando de três para quatro anos.
E é com base nessa possibilidade de mudança estatutária que pessoas que apoiam Duilio passaram a articular internamente por uma mudança já nesta gestão. Ou seja, com o próprio Duilio usufruindo de um período maior de permanência.
A situação, porém, causa bastante discórdia entre sócios e conselheiros, inclusive, dentro do próprio grupo político de Duilio. Há bastante rejeição para tal possibilidade. Isso ficou claro na reunião do Conselho nesta segunda-feira.
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