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O título que Tite merece ganhar

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O título que Tite merece ganhar

É possível contar nos dedos de uma das mãos os craques em atividade no futebol brasileiro. Neymar, Paulo Ganso, Ronaldinho Gaúcho... estou me esquecendo de mais alguém?

Isso não quer dizer que faltem bons jogadores à competição. O Corinthians desponta como favorito ao título justamente por ter um elenco mais qualificado do que a concorrência. A equipe não conta com um protagonista, aquele jogador capaz de decidir uma partida num lance de inspiração — contaria, se o Adriano estivesse em forma. Mas o Tite e a diretoria tiveram o mérito de montar um grupo homogêneo, no qual os reservas dão conta do recado.

O melhor exemplo foi o jogo do último domingo contra o Atlético-MG. Quando o Galo abriu o placar, o Tite se virou para o banco e viu que dispunha de alternativas para mudar a cara do jogo. O Alex entrou voando e o Adriano... bem, o Adriano mostrou ter estrela.

Em campeonatos assim, nos quais os craques são raros, o trabalho de alguns treinadores ganha maior projeção. O Jorginho, por exemplo, tem de ser valorizado pela boa campanha no Figueirense, ainda que o clube catarinense deixe escapar a vaga na Libertadores.

O mesmo ocorre com o Tite. Claro que perder o título, após liderar a tabela por quase 30 rodadas, causaria uma decepção difícil de ser contornada no Parque São Jorge. Mas o gaúcho, independentemente do que o destino lhe reserva, formou um time bem ajustado, sólido na defesa, e teve a capacidade de sobreviver às turbulências.

Tite pode não ser o treinador dos sonhos da direção corintiana. Porém, ele merece, mais do que qualquer um, esta taça.

Quando Ayrton Senna foi meu aliado
Nunca fui fanático por automobilismo, mas sempre tive idolatria pelo Ayrton Senna. Além de ter sido um ícone do esporte nacional, o piloto “me salvou” de poucas e boas durante os anos em que morei na Itália.

Quem já teve a oportunidade de viver na Terra da Bota sabe que os italianos cultivam extremo orgulho pelo país. Eles se sentem melhores em tudo: na gastronomia, na cultura, no futebol... quando jogava pelo Ascoli, meus companheiros italianos passavam o tempo todo me lembrando da derrota do Brasil para a Itália na Copa de 1982. Um porre!

O Ayrton era o meu aliado. Como todos sabem, os italianos são malucos pela Ferrari e o Ayrton quase sempre chegava à frente dos carros da escuderia vermelha. Após cada vitória dele na Fórmula 1, podia me vingar dos meus colegas nacionalistas.

Palavra do artilheiro
A meu ver, o clássico deste domingo, no Pacaembu, opõe dois gigantes que precisam urgentemente de terapia. O caso do Palmeiras é conhecido. A competição por poder tem levado o clube à ruína. Um dirigente quer passar a perna no outro e a comissão técnica não demonstra confiança nos funcionários do clube. Enquanto as pessoas que regem a instituição não entenderem que necessitam remar para o mesmo lado, o Palmeiras vai patinar.

No São Paulo, o problema é filosófico. Desde o ano passado, o clube vem intensificando a transição dos jogadores formados no CT de Cotia para a equipe profissional. Alguns bons nomes surgiram, como o Lucas, mas nem todos os garotos vingaram. Hoje, os dirigentes do clube discutem se vale a pena esperar pelo amadurecimento de suas crias ou se é melhor investir em reforços. Talvez o sucesso esteja no equilíbrio entre as duas coisas.

Fonte: Diario de SP

Enviado por: Francisco José Gonçalves

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