O 'nove' tem nome: Carille deu importante recado sobre o tratamento dado a Gustagol
Opinião de Andrew Sousa
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No início dessa temporada, não passava pela minha cabeça que o Corinthians podia contar com Gustavo. Mesmo com a artilharia do país em 2018, seu futebol não me enchia os olhos no Fortaleza e a desconfiança de sentir o peso da camisa alvinegra seguia viva. Por isso, torci por uma boa venda, ainda mais após o anúncio de Boselli.
Como diz o bom e velho Adenor, no entanto, "o campo fala". E tem falado muito bem do centroavante, que iniciou a temporada como titular e já soma cinco gols - o Timão, no total, tem sete.
Engana-se quem pensa que os gols têm sido a única coisa boa das atuações de Gustavo. Participativo, ganha todas as bolas pelo alto e faz papel importante de pivô por baixo (além do incansável apoio dando importantes desarmes pouco a frente da zaga corinthiana).
Por tudo isso, já me arrependi de todas as críticas que fiz ao jogador. Atualmente, se tem algo que sinto pelo rapaz é admiração e respeito. E é aqui que entra o principal. Mesmo com tantos gols e com atuações convincentes, o centroavante não tem o respeito que merece.
Por toda a badalação - e qualidade - em torno do argentino Mauro Boselli, há quem já garanta que o camisa 19 vai perder a posição entre os titulares. Ok, é um palpite plausível e que faz sentido, mas não cabe no momento. Atualmente, o campo vai ter que falar muito a favor do gringo para que ele ganhe seu lugar.
Até lá, Gustavo merece muito reconhecimento do que vem tendo - não só de alvinegros, que até já o abraçaram, mas da mídia em geral. Nesse sentido, o recado dado por Fábio Carille após o empate com o Ferroviário é de suma importância e com certeza dará ainda mais confiança para o garoto.
"Eu acho até um desrespeito quando falam de jogar 'esse' e 'aquele', dando nomes, e 'um nove'. Por que não falar o nome dele? Está fazendo gols, competindo, do jeito que o corinthiano gosta. Independente de ter feito gol, tem participado muito bem, se doado bastante. Então, não tem porque não ter sequência no time", afirmou o treinador.
A queixa é bem-vinda, visto que em uma série de "times ideais", quem aparece como titular é o Boselli, ou o próprio Gustavo, mas acompanhado de uma barra e do nome do concorrente de posição.
Desejo boa sorte ao argentino na busca por seu espaço e até mesmo para Vagner Love, que também pode jogar por ali. Mas, na hora de montar o Timão ideal, o nove já tem nome.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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