No final de julho, durante um protesto da torcida do Corinthians, o presidente do clube falou sobre 'sete jogos' para o time desempenhar um futebol melhor e entregar em atuações e resultados. Pois bem, nesta terça-feira, o prazo será concluído. O tempo foi benéfico para Sylvinho e Duilio acertou.

Hoje, prestes a encerrar o primeiro turno do Brasileirão, o Corinthians tem outra cara. Evoluiu coletivamente, consegue apresentar diferentes contextos de jogo e tem tudo para se firmar no G6 - e até buscar posições melhores. Sylvinho teve, logicamente, uma grande ajuda de Giuliano, que é um enorme facilitador para esse time, mas é preciso reconhecer os méritos do treinador.

Foram quatro vitórias (Cuiabá, Ceará, Athletico e Grêmio), um empate (Santos) e uma derrota (Flamengo). Além disso, o time produziu oito gols e sofreu cinco. Durante esse período, João Victor e Gil se consolidaram como uma das melhores duplas de zaga do campeonato, Fagner e Fábio Santos aumentaram seu papel defensivo, mas também foram muito importantes ofensivamente, subindo mais para o ataque.

Roni evoluiu muito. É um volante que participa das chances criadas sem afobação, já que agora não precisa ficar em uma função que não é sua. Giuliano tem muita qualidade, dificilmente erra, e isso permite que o time jogue leve, com fluidez, crie alternativas e tenha repertório. Renato Augusto está entrando aos poucos e também demonstrou que pode ajudar demais a equipe com o passe refinado e com sua experiência.

Gustavo Silva tirou um enorme peso das costas e agora não é mais o responsável por todas as jogadas de ataque da equipe. Adson na esquerda foi uma grande descoberta do treinador. O garoto se apresenta, busca o jogo, fica livre e tem a importância de dar velocidade ao time. Jô, bem municiado, é peça que faz diferença, já que está se movimentando mais.

Claro, foram muitas semanas livres para treinar. Ele cumpriu seu papel. Sylvinho sai bem desse prazo e com margem para mais evolução ainda, já que para o segundo turno contará com Willian e Róger Guedes, além de Mantuan.

As coisas estão longe de estarem perfeitas, mas estão bem melhores. A evolução é nítida e hoje ninguém pensa (ou pelo menos não deveria) em demissão do técnico.

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