Eu teria colocado o Pablo para jogar, sim
Opinião de Danilo Augusto
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Pablo jogou 24 jogos no Brasileirão. O aproveitamento dele no campeonato foi de 69%, o do Corinthians foi de 65%. Esses 4% de diferença foi o quanto o clube sofreu com a ausência do zagueiro quando o mesmo esteve lesionado.
A importância de Pablo na campanha do hepta foi tão notória que o atleta sentiu que deveria ser valorizado, muito valorizado. Valorização acima do que o Corinthians entende que pode pagar por um funcionário.
Não julgo a decisão dele. Cada pessoa estipula quanto acha que merece receber no final do mês, por isso normalmente se pede um currículo com pretensão salarial. E se você tem a chance de ganhar o dobro ou o triplo numa outra empresa, provavelmente irá aceitar.
Mas o Corinthians para nós não é uma empresa, é nossa paixão. Dedicamos amor, tempo e dinheiro a esse clube e não queremos nada em troca. É um absurdo para nós pensar que alguém não está satisfeito em receber 200 mil reais por mês para vestir o manto sagrado.
Bom, Pablo não é corinthiano como nós. Representou o Corinthians dentro de campo, trabalhou pela equipe e foi um funcionário exemplar. Um funcionário. Estava lá por um contrato, para ganhar dinheiro. Nada mais do que um acordo comercial. Provavelmente, se ele não tivesse jogado nada, o Corinthians não ia querer renovar com ele. Aconteceu o contrário: ele jogou muito bem e ele não quis renovar com o clube. Normal.
Só que deixar ele de fora do jogo da taça, para mim, é falta de reconhecimento pelos serviços prestados. Segundo o presidente Roberto de Andrade, "ele deixou de ser jogador do Corinthians quando não aceitou a proposta do clube". Não jogou hoje porque não irá atuar no clube em 2018. Mas e o Guilherme Arana?
Eu discordo da ausência dele. Ele tem um contrato, assinado pelo mesmo presidente, e será pago até 31 de dezembro de 2017. Pablo deveria continuar trabalhando nesses dois últimos jogos, como fez muito bem nas 51 vezes que defendeu o Corinthians.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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