Encerrar para renovar: O novo Corinthians
Opinião de Heloisa Durand
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No futebol, encerrar ciclos é inevitável. No Corinthians, isso ficou evidente na última temporada com a saída de jogadores que por anos foram pilares do clube. Cássio e Renato Augusto, dois dos maiores ídolos recentes, resolveram ir atrá de novos ares, mas os resultados até agora mostram que o Corinthians acertou em não mantê-los. No Cruzeiro, Cássio tem sido alvo de críticas constantes por falhas, que nos últimos anos aconteceram muito no Timão. Renato Augusto, por sua vez, teve poucas oportunidades no Fluminense, evidenciando que seu físico já não acompanha a genialidade que o consagrou.
Outros veteranos como Gil e Giuliano seguiram seus caminhos e foram bem na Série B, mas é preciso ponderar que o nível da competição é inferior. Dentro do Corinthians, a preocupação girava em torno da perda de liderança, especialmente após as aposentadorias de Fábio Santos e Paulinho, dois símbolos de raça e dedicação. No entanto, o futebol tem suas surpresas.
No cenário atual, o Corinthians encontrou novas lideranças. Hugo, o recém-chegado goleiro, já é uma voz ativa no vestiário, e o elenco demonstra uma sintonia impressionante com a torcida. O Corinthians parece ter entendido que renovar não é apenas uma questão de contratar, mas de criar um ambiente propício para que novas referências apareçam.
Ainda assim, algumas dúvidas permanecem. O caso de Romero é um exemplo disso. O atacante, que encerrou a temporada com 16 gols, é um jogador que divide opiniões. Sua irregularidade em campo muitas vezes contrasta com seu histórico no clube e a conexão emocional que tem com a torcida. Eu, particularmente, gostaria que ele encerrasse sua trajetória no Corinthians em alta, diferente de tantos outros que deixaram o clube com muitas críticas. Mas será que há espaço para ele nessa nova fase?
Encerrar ciclos não significa apagar o passado, mas sim abrir espaço para o futuro. No Corinthians, o desafio está em equilibrar respeito à história com a necessidade de construir novas narrativas. E, pelo que temos visto, o clube está no caminho certo.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.