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Jadson e Tiago Nunes: ídolos de verdade não tumultuam
Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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Jadson e Tiago Nunes: ídolos de verdade não tumultuam

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Opinião de Jorge Freitas

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Jadson e Tiago Nunes: ídolos de verdade não tumultuam

Jadson não jogou no Corinthians em 2020

Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Nesta quinta-feira, Jadson causou polêmica nas redes sociais. Depois de postar uma foto que continha Tite, Renato Augusto e o próprio camisa 10, o jogador, em resposta a um perfil, alfinetou o atual treinador Tiago Nunes ao dizer que ele foi o único a não enxergar o quanto o meia jogou pelo clube.

Não se discute que Jadson foi um jogador fundamental para o Corinthians em 2015 ao formar a dupla inesquecível chamada de Renadson, que fez daquele Corinthians o time de maior campanha do Brasileirão de pontos corridos até então (só ultrapassado pelo campeão do ano passado). Com Elias e Ralf (outro dispensado), fez o time jogar por música e ser comparado ao incrível quarteto campeão mundial, com Rincón, Vampeta, Marcelinho e Ricardinho.

Jadson é um cara inteligente. Não apenas com os pés, mas suas entrevistas e provocações a rivais demonstram que o meia sabe perfeitamente o que faz e o faz quando quer.

Dessa vez, parece que só quis tumultuar. Mesmo que negue e diga apenas que quis se defender quanto à forma em que foi dispensado, o camisa 10 sabe bem o potencial que tem nas redes sociais como ídolo que é.

Sabemos que a fase do Corinthians não é boa e que Tiago Nunes tem sido bastante contestado em seus primeiros três meses de clube. Sabemos também que sua dispensa, junto com a de Ralf, ainda causam polêmica. No entanto, Jadson precisa olhar um pouco mais no espelho.

Importante há 5 anos, o meia não foi unanimidade nem mesmo no Brasileirão de 2017, quando terminou a campanha no banco de reservas. No ano passado, aliás, teve poucas aparições e, mesmo com um dos salários mais alto do elenco, não foi capaz de ser mais que um coadjuvante num time fraco, sem opções, e que terminou o campeonato num terrível oitavo lugar.

Inclusive, foi quase sempre reserva tanto com Carille quanto com Coelho, sequer fez gol pelo Brasileirão e contribuiu com apenas uma assistência durante toda a competição.

Ao jogar para torcida, Jadson usa da emoção do péssimo momento para esconder que a dispensa, na verdade, é culpa dele mesmo, que ganhava muito e jogava pouco (ou quase nada!). Se escreveu por achar injusta sua saída em razão de sua história construída, esqueceu que é ele mesmo o único culpado pelo declínio técnico de sua carreira e por ser tornar dispensável dentro do clube.

Tiago Nunes, ao contrário, não tem nada a ver com isso.

O treinador definitivamente não dispensou o Jadson de 2015 (nem seria maluco de fazê-lo), mas sim o Jadson irregular, esquenta-banco e de salário gordo dos últimos anos. Talvez, se ainda estivesse no elenco, Jadson poderia ajudar com sua liderança e experiência, mas certamente não com a bola. Esta ele deixou lá na China e nunca mais trouxe de volta.

Não à toa, está sem clube até agora.

Ídolos de verdade não tumultuam nem querem aparecer às custas de mau momento de treinadores ou de funcionários do clube.

Postagem que corresponde ao futebol do meia na última temporada.

Terrível e que merece ser esquecida.

Veja mais em: Jadson e Tiago Nunes.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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