No começo de 2018, em meio à uma crise institucional do Vasco da Gama, o Corinthians se acertou com o camisa 10 do "Gigante da Colina". Mateus Vital chegava em definitivo ao Timão para a temporada que vinha. A famosa "oportunidade de mercado" trouxe um jogador promissor por um preço bastante aceitável.

No Corinthians, Mateus Vital foi ganhando espaço aos poucos. Disputava posição com Jadson, Clayson, Romero, Émerson Sheik e Pedrinho. Missão nada fácil para um atleta de 19 anos que nem da categoria de base do Timão tinha vindo. Mas aos poucos foi ganhando moral lá dentro. Jogo ou outro começou como titular. Saiu dele a assistência para o gol mais importante do ano, marcado por Rodriguinho no Allianz Parque.

Ficou cheio de moral! Decaiu junto com o clube naquele mesmo ano. Marcou, no entanto, o gol que impossibilitava a chance real de um rebaixamento em 2018. Fez de cabeça, contra seu ex-clube.

Mateus é um cara promissor. Sempre foi depositada muita confiança em seu futebol.

Confesso que este que vos escreve muito acreditava no meia nas mãos de Tiago Nunes. Técnico de excelência, propositivo e sem medo de jogar pra frente. Era a hora de Vital despontar.

Mas hoje, em março de 2020, são poucos os minutos do meia em campo. E esses poucos foram bem ruins.

É nítido que Mateus Vital tem boas idéias. É um excelente condutor de bola e um jogador muito lúcido. Mas estou cansado de esperar que Vital finalmente desponte como jogador profissional. Seu talento de sobra parece ser escondido em uma onda de descrença que vem do próprio atleta. Ele não tem ideia do potencial que tem.

Pode vir a ser um jogador de nível europeu. Mas que se não for lapidado, poderá cair em um triste esquecimento da Fiel.

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