O furo do excelente Rodrigo Vessoni animou a Fiel nessa semana. O retorno do atacante Jô, após três anos fora do país pode se tornar realidade ainda nesse ano. O atacante traz na bagagem o excelente 2017 que fez pelo Corinthians, ano em que anotou 25 gols e foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro. A animação da Fiel tem base.

Mas tem algo de estranho nesse interesse do Corinthians.

Duílio Monteiro Alves, homem forte da diretoria do Corinthians, há cinco dias descartou qualquer possível chegada de reforços nessa paralisação. As finanças despencando, o futebol brasileiro sem previsão de retorno justificam que o clube não vá atrás de mais contas para arcar. Para mim, já são motivos de sobra para que o Corinthians cesse suas atividades no mercado por um tempo.

Jô chegaria para disputar posição com Mauro Boselli, artilheiro do clube na temporada com seis gols e um dos raros nomes que pouco são criticados pela torcida. A alternativa para a posição ainda tem o consagrado Vagner Love e o jovem Nathan, que acumula currículo um invejável nas categorias de base. A camisa 9 está longe de ser o principal déficit do elenco corinthiano.

Jô não viria para ganhar pouco (intuição, não é informação). Aumentaria a folha salarial do clube que já não é pequena.

Mas o que vejo de estranho nessa história toda?

No meu ver, a possível vinda do Jô me soa como uma estratégia da diretoria alvinegra de desviar o foco dos gastos abusivos e das irresponsabilidades cometidas pelo clube.

Cientes da pressão que sofrem, repatriar um ídolo seria a maneira mais eficiente de abafar as críticas direcionadas à atual gestão do Corinthians.

A contratação do Jô não supriria a maior carência do elenco, comprometeria boa parte do orçamento salarial direcionado aos jogadores, e ainda por cima, se daria no cenário mais inadequado possível para fazê-la.

Parece ser a famosa estratégia do "Pão e Circo" criada pelos romanos a fim de tirar o foco do povo das besteiras que o governo fazia.

E mais: a redação do Meu Timão fala sobre Jô

Veja mais em: Jô e Mercado da bola.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.