Como foi a contratação de Vagner Mancini pelo Corinthians
Informação de Marco Bello
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Assim que o árbitro Marcelo de Lima Henrique apitou o final do jogo em que o Corinthians empatou com o Santos, na Neo Química Arena, por 1 a 1, o presidente Andrés Sanchez começou a articular a contratação de um novo treinador para o Timão.
Aquele empate foi a prova definitiva para o presidente de que Dyego Coelho não conseguiria continuar à frente do comando técnico da equipe. Não daria mais para adiar.
Já nos vestiários do estádio, Andrés disparou ligações. Não havia um alvo certo, o que havia era uma ideia e algumas limitações.
O mercado de empresários foi avisado: o Corinthians queria um técnico experiente, que aceitasse um desafio de salvar um time bagunçado lutando contra o rebaixamento. Ao mesmo tempo este técnico precisaria aceitar um salário razoavelmente baixo para os padrões dos grandes times do Brasil, e um contrato de apenas um ano.
Alguns nomes chegaram logo, mas todos fora das limitações orçamentárias do Corinthians. Dirigentes disseram que houve técnicos que pediram mais de 1 milhão de reais por mês para dirigirem o time.
Outros nomes que foram oferecidos ao clube tiveram vetos. Ou por serem inexperientes ou por não terem um currículo tão vitorioso. E o nome de Vagner Mancini foi um desses.
A princípio, vetado. Isso na quinta-feira, 8 de outubro.
Dorival Junior, Dunga, Luis Felipe Scolari... todos estes nomes especulados na imprensa e entre os torcedores foram oferecidos (e muitos outros). Ou pelos próprios empresários dos técnicos ou por intermediários.
O problema é que o Corinthians não tinha tempo para negociar. O jogo contra o Ceará era logo ali, e a vontade era que o novo técnico já estivesse trabalhando.
Aí chegou a sexta-feira, pressão imensa sobre o presidente, muitas ligações, e a lista inicial foi revisitada.
Dos técnicos desempregados, nenhum era compatível. E os empregados? Multa contratual, histórico, experiência, pulso firme?
Aí Mancini ganhou pontos. Na segunda leva, ele preenchia todos os requisitos.
Não tinha multa com o Atlético Goianiense. Passagem por grandes clubes. Considerado “durão” com os jogadores. Aceitava o salário oferecido e o tempo de contrato.
O acerto então aconteceu, entre a sexta e o sábado. O combinado é que só fosse anunciado após a rodada, pois o Atlético tinha jogo importante contra o Bragantino e o Corinthians contra o Ceará.
Mas a notícia vazou um pouco antes do jogo, pelo portal UOL. Já estava tudo decidido.
Mancini seria o novo técnico do Corinthians.
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