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Precisamos falar de Igor Coronado - e não da forma que gostaríamos
Matheus Pogiolli

24 anos, finalizando o curso de Jornalismo pela PUC-SP. Apaixonado por futebol e Corinthians.

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Precisamos falar de Igor Coronado - e não da forma que gostaríamos

Coluna do Matheus Pogiolli de Oliveira

Opinião de Matheus Pogiolli

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Precisamos falar de Igor Coronado - e não da forma que gostaríamos

Igor Coronado em campo pelo Corinthians

Foto: Wanderson Oliveira / Meu Timão

Igor Coronado joga muita bola. Para muitos, ele é craque. Tecnicamente falando, um dos melhores meio-campistas do futebol brasileiro. Mas, em pouco mais de um ano com a camisa do Timão, ele não conseguiu mostrar essas valências com constância. Poucos foram os jogos em que o camisa 77 foi protagonista do time - mesmo com a enorme expectativa da Fiel Torcida para que isso acontecesse. Por isso, precisamos falar de Igor Coronado.

Quando o atleta chegou ao Corinthians, em fevereiro de 2024, os corinthianos se animaram completamente - e com razão. O Timão estava, naquele momento, contratando um possível novo craque para a equipe. De lá para cá, porém, Coronado não deslanchou. Entre problemas com lesões e dúvidas físicas, o jogador não esteve à disposição do Timão em vários jogos, e aqui levanto um questionamento: hoje, vale a pena termos Igor Coronado como opção no Corinthians?

Obviamente os problemas físicos e as lesões obtidas no período citado não são culpa do atleta. Ele não quer estar machucado. Porém, o torcedor não pode viver iludido com um jogador que, até o momento, não mostrou à que veio - seja por ausência ou por partidas abaixo. Ele foi bem em jogos específicos: Fortaleza, no Castelão e Racing-URU, na Neo Química Arena, ambos os jogos pela Copa Sul-Americana. Até agora, foram 58 jogos do meia pelo Timão. Dois jogos decisivos em 58 realizados, é muito pouco para o nível de Igor. Entendo, também, a baixa minutagem na última temporada, e por isso gostaria de detalhar esse dado: em 2024, foram 1.951 minutos jogados pelo alvinegro, enquanto em 2025, 747. Isso dá, no total, 2.698 minutos, com uma média de praticamente 46 minutos por partida. Repito, dois jogos decisivos em 58, com essa minutagem - mesmo que baixa, é muito pouco.

Coronado sofreu com os seguintes problemas no Corinthians: em 2024, machucou a coxa direita e teve dengue. Já em 2025, sofreu com dores no quadril e teve uma lesão no tendão do músculo adutor da perna direita. Ele tem 32 anos.

Esses problemas certamente são decorrência do péssimo calendário no futebol brasileiro, que enxuga completamente a agenda dos clubes e não abre brecha para grandes descansos. Coronado sempre jogou em ligas inferiores à brasileira, atuando poucas vezes e descansando em intervalos de tempo maiores que os atuais - talvez por isso tenha alcançado o status de craque. No Brasil, aparentemente, ele não consegue apresentar essa qualidade com constância. E isso me faz pensar em sua saída.

Nesta terça, o ge.globo publicou uma notícia que cita sondagens de clubes do Oriente Médio no camisa 77 do Timão. Talvez, uma negociação seja boa para os dois lados. Para o Coronado, por jogar em uma liga não tão forte fisicamente, e para o Corinthians, por não ter um reserva que custe tanto e não consiga corresponder à altura.

Coronado joga muita bola. Para muitos, ele é craque. Mas, talvez, seu futuro promissor esteja em outro clube. A ver os próximos capítulos.

Veja mais em: Igor Coronado e Fabinho Soldado.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Matheus Pogiolli de Oliveira

24 anos, finalizando o curso de Jornalismo pela PUC-SP. Apaixonado por futebol e Corinthians.

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