Neste domingo, eu acompanhei meu namorado até o estádio do Morumbi para assistir ao torneio amistoso Legends Cup Brasil. Minha expectativa não era muito alta por que sempre que vejo esses jogos na televisão é mais uma festa do que futebol mesmo.

Mas fui muito surpreendida.

Para quem não acompanhou, os times do São Paulo, Barcelona, Bayern de Munique e Borussia Dortmund reuniram diversos jogadores com história nos clubes para um torneio amistoso. Foram disputados quatro jogos no Morumbi.

Os nomes em campo foram de Zetti, que tem 54 anos, até Lucas Barrios, que ainda está em atividade.

O que me surpreendeu e chamou atenção de tanta gente, como é possível ver nas redes sociais? A raça e a vontade demonstrada em campo pelos jogadores, que em quase totalidade são ex-atletas, aposentados e fora de forma física ideal.

A raça foi tanta que quase todos os jogos foram marcados por lances perigosos e até mesmo brigas. No jogo entre São Paulo e Bayer, por exemplo, Josué precisou ser contido após quase sair na mão com Paulo Sérgio. Na mesma partida, Mineiro deixou o gramado mancado após uma entrada violenta e Dagoberto foi expulso.

O que se via eram jogadores com orgulho de jogar futebol, com vontade de vencer e uma raça de dar inveja para quem passou o ano assistindo aos jogos de Manoel, Avelar, Sornoza e cia.

E estamos falando de nomes que não precisam provar mais nada a ninguém, como Miroslav Klose, que é só o maior artilheiro na história das Copas do Mundo. Ou até mesmo Falcão, ídolo incontestável no futsal mundial - que até marcou gol.

Durante o jogo me peguei pensando em diversas vezes sobre o Corinthians. O que falta para que os jogadores entrem em campo dispostos a dar o sangue? Eles ganham valores que a maioria daqueles nomes que estavam no Morumbi nunca sonharam em ganhar - o futebol era outro antigamente. Eles tem uma estrutura de primeiro mundo no CT, tem uma torcida completamente apaixonada. O que falta?

E se os jogadores deveriam ver o evento deste domingo para se inspirar para 2020, a diretoria do Corinthians deveria usar de exemplo. O São Paulo colocou quase 25 mil pessoas no Morumbi para uma renda de R$ 681.885,05. O projeto foi criado por Lugano e faz parte da criação de um time fixo de ex-jogadores do São Paulo que vão viajar o Brasil e o mundo para jogos festivos.

Agora imagina que demais fazer algo assim na Arena Corinthians? Quantas pessoas não iriam até o estádio para ver Marcelinho Carioca, Vampeta, Luizão, Chicão e outros nomes que hoje já até disputam jogos com o Máster do Timão?

Eu percebi lá no Morumbi que a maioria era torcedor do São Paulo, claro, mas tinham muitos de outros times. Tinha até um grande grupo de torcedores do Barcelona, por exemplo.

Seria mais uma fonte de renda para a Arena Corinthians.

Seria uma boa maneira de homenagear e valorizar os grandes nomes que vestiram o manto alvinegro.

Seria mais uma oportunidade para a Fiel torcer, além da chance de ver nomes jogando no estádio. Eu, por exemplo, fiquei muito feliz de poder ver tantos jogadores renomados, que nunca tive a chance quando era mais nova.

Não estou aqui dizendo para o Corinthians copiar o São Paulo, por favor. Mas é uma ideia que pode inspirar e gerar eventos que sigam a mesma linha e agradem a todos.

Já para os jogadores do Timão que ficam para 2020, o recado final é simples: "Vamos jogar com raça e com coração".

Veja mais em: Elenco do Corinthians e Arena Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.