Estamos em época de eleições no Corinthians e muitas coisas acontecem todos os dias. Nessa semana, o ex-jogador Ronaldo Giovanelli foi impedido de se candidatar em uma das chapas por conta de uma inadimplência em seus pagamentos da mensalidade de sócio do Parque São Jorge.

Primeiro, foi dito que um "amigo" era responsável pelos pagamentos e que os mesmos não são feitos há três anos. Ou seja, desde a última eleição praticamente. Agora, por meio de nota oficial, Ronaldo explicou a situação e expôs um fato que merece atenção.

Ronaldo explicou que o responsável pelo pagamento da sua mensalidade era a chapa que ele fazia parte. Não vou nem citar o nome, pois acho que isso é o que menos importa aqui. Até aí, você pode considerar que tudo bem. A chapa paga para que um nome conhecido, ídolo do time, siga sendo sócio do clube e possa ser um dos integrantes no Conselho.

Não é ilegal, apesar de eu não achar que seja algo moralmente correto. Ronaldo mesmo diz que esse processo acontece "nessa e muitas outras chapas, de forma corriqueira".

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Na sequência, ele diz que ao se transferir de chapa foi conferido que suas contas estavam em dia, na secretaria do clube.

E aí, vem o real problema. Ronaldo diz: "depois, por divergências políticas, os pagamentos 'desapareceram', às vésperas da inscrição da chapa, sem que eu fosse informado".

O que ele está dizendo aqui? Que o dinheiro de três anos de mensalidade sumiu? Não entrou no caixa do clube social? Alguém simplesmente apagou seus pagamentos por "divergência política"? Onde está esse valor, se ele foi pago? Quem pode fazer essa alteração? Não existem comprovantes dos pagamentos?

Você pode me dizer que são só R$ 10 mil reais e que isso não salvaria as contas do clube social. Não mesmo. Mas o ponto é o esquema revelado pelo ex-jogador. Ele simplesmente acusou publicamente o clube de sumir com um valor pago para impedir que ele fosse um membro da chapa nessa eleição.

Além disso, aliás, tem um ponto sobre o ex-jogador em si que me incomoda. Ronaldo, que adora criticar, palpitar, cobrar e tudo mais sobre absolutamente tudo que acontece no Corinthians não se dá nem ao trabalho de contribuir com o clube? Ou, se não quer/pode contribuir com o valor, não poderia ao menos ter uma fiscalização própria se a sua mensalidade é paga de maneira correta? Não tem uma preocupação com o dinheiro que vai para o Corinthians?

São muitas questões que se juntam a outras milhares que envolvem o Corinthians, seus conselheiros e dirigentes. Eu, como jornalista, só consigo tentar mais informações para entender melhor o problema. Mas, como torcedora, não consigo não ficar totalmente indignada que algo assim aconteça e "tudo bem".

Onde vamos parar?

Veja mais em: Eleições no Corinthians e Ronaldo Giovanelli.

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