A origem do Mosqueteiro, mascote do Corinthians
Opinião de Pergunte ao almanaque
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O Ciro Hey está de volta. Agora, ele quer saber a origem do mosqueteiro como mascote do Corinthians. Faça como ele!
Nós, aqui, vamos continuar esclarecendo as dúvidas dos internautas do site Meu Timão sobre história, estatísticas ou qualquer outro tipo de curiosidade ligada ao Corinthians, como essa.
A base para as respostas será sempre o Almanaque do Timão, trabalho que desenvolvo há mais de 20 anos sobre todos os jogos, jogadores e técnicos do nosso time desde 1910. Ele virou livro em 2000, foi reeditado em 2005 e agora existe na forma do APLICATIVO ALMANAQUE DO TIMÃO, para smartphones e tablets, que pode ser baixado (de graça!!!) via Apple Store ou Google Play. Nos dias (e noites) de jogos, esse aplicativo oficial do Corinthians continua sendo atualizado on line.
O APLICATIVO ALMANAQUE DO TIMÃO também traz o GAME DO TIMÃO, uma plataforma de questões de múltipla escolha em que acertos e velocidade de resposta somarão pontos para um ranking geral de usuários cadastrados. Os mais bem ranqueados receberão prêmios periódicos (semanais, mensais, semestrais e anual), como réplicas de camisas antigas, camisas oficiais, camisetas, relógios, bijuterias, bonés e livros, além de visitas acompanhadas ao Memorial do Clube, no Parque São Jorge, e até ingressos de cortesia para jogos na Arena Corinthians.
CELSO UNZELTE
Celso, em um tópico que criei rolou uma polêmica sobre a origem do mosqueteiro como mascote do clube. Fui pesquisar e tem pelo menos umas cinco teorias. Quais são os mitos conhecidos sobre nosso “mascoteiro” e sua verdadeira história?
Ciro Hey
Socorro, SP
@ciro.hey
Existe, de fato, mais de uma versão sobre a origem do Mosqueteiro como mascote do Corinthians. A mais antiga delas remonta a 1913.
Naquele ano, o Corinthians começou a disputar o campeonato da Liga Paulista de Futebol (LPF), ao lado de Germânia (atual Esporte Clube Pinheiros), Internacional e Americano. Teria, portanto, se tornado o “quarto mosqueteiro”, como o personagem D’Artagnan, que, no romance Os Três Mosqueteiros, do escritor francês Alexandre Dumas, juntou-se a Athos, Porthos e Aramis. Essa versão, no entanto, carece de registros da própria época, pois só aparece reproduzida em textos das décadas seguintes. Além disso, o Campeonato Paulista da LPF de 1913 foi disputado por cinco times, e não por quatro, pois havia também o Ypiranga.
A mais aceita é a versão de que o apelido “mosqueteiro” teria surgido após a primeira vitória internacional da história do Corinthians: 3 a 1 no Barracas, da Argentina, em um amistoso disputado no Parque São Jorge na tarde de uma quarta-feira, feriado de 1º de maio de 1929.
A denominação apareceu no dia seguinte àquele jogo, em uma crônica para A Gazeta escrita pelo jornalista Thomaz Mazzoni, famoso também por ter criado as mascotes de outros clubes, como o Periquito do Palmeiras e o Santo do São Paulo, além de nomear os clássicos Corinthians x Palmeiras como Derby, Corinthians x São Paulo como Majestoso e Palmeiras x São Paulo como Choque-Rei.
Naquele texto, Mazzoni saudou a “fibra de mosqueteiro” do time bicampeão paulista de 1928/29 (que depois chegaria ao tricampeonato em 1930), formado por Tuffy, Grané e Del Debbio; Nerino, Guimarães e Munhoz; Filó, Apparício, Gambinha, Rato e De Maria. O “trio final” (goleiro e três zagueiros), Tuffy, Grané e Del Debbio, também era chamado de “Os Três Mosqueteiros”. Eles compunham, ainda, a defesa titular da Seleção Paulista, que na época disputava o Campeonato Brasileiro de Seleções.
Versão do Mosqueteiro publicada na capa da revista Corinthians na década de 1950
Crédito: Reprodução/Arquivo Celso Unzelte
O “Esquadrão Mosqueteiro” de 1929, que teria dado origem à mascote do clube
Crédito: Reprodução/Arquivo Celso Unzelte
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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