Esperem de Carille o estilo de Carille, pombas
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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"My Way", ficou eternizada na voz de Frank Sinatra e Elvis Presley.
A letra diz que o o cara pode ter acertado, errado, etc., mas de certa forma ele se orgulha de ter feito tudo à sua maneira, do seu jeito.
E o Corinthians de Carille voltará a ser à maneira dele, Carille.
Engraçado que parte da torcida espera com Carille um Timão diferente do de Carille.
Isso não vai acontecer.
Querem um Corinthians “cascudo”, que vende caro a derrota, que, à semelhança da Fiel, lute até o fim?
Com Carille vocês terão.
Querem um Corinthians aparentemente (só aparentemente) dominado pelo adversário, porém seguro, letal nas chances que criar?
Com Carille vocês terão.
Querem um Corinthians “arte”, à la Barcelona, que vai para cima do adversário seja ele quem for e onde quer que seja a partida?
Com Carille vocês não terão.
Assim como não tiveram com Mano e Tite.
A boa notícia é que essa filosofia, adotada nos últimos dez anos, deixou a poesia com os outros e os troféus para nós.
O pessoal que torce contra (os da mídia, principalmente) range os dentes porque já viu esse filme.
Eles querem o Corinthians de Cristóvão, de Ventura, de Loss.
Por isso vimos ontem comentários do tipo “o Corinthians foi dominado pelos reservas do Racing”, “jogou como time pequeno”, etc.
Ora, mesmo no primeiro tempo, que não foi não tão bom como o segundo, o Corinthians foi pressionado? Cássio fez alguma defesa?
Por que se atirar para cima dos caras na casa deles logo de cara?
Fui ao jogo de ida.
1 a 0 para eles. 42 minutos do segundo tempo, eles com um falso domínio, com chances criadas por falhas nossas, enfim, eles estavam gostando do jogo.
A torcida gringa começou a cantar.
Só que do outro lado tinha a Fiel. Cantamos mais alto, como se estivéssemos ganhando ou o jogo estivesse no começo.
Pegamos o rebote, Pedrinho faz jogada mágica. Falta. Gustagol.
Enquanto muitos iam na onda da mídia anti “na Argentina tomaremos um baile”, eu tinha quase certeza da classificação, graças àquele gol.
E não me digam que com os titulares o Racing ganharia.
Isso faz parte da estratégia permanente de nos diminuir e fica no campo do “se”...
Parênteses. Quando você quiser incutir num novato como se deve jogar com o manto alvinegro, olhe para Love.
Trinta e tantos anos, correndo como um menino, lutando por todas as bolas, com direito a rabo de arraia para fazer golaço.
E quem tem Cássio, o monstro de Yokohama, o cara que fica maior na proporção do tamanho da batalha, sabe que preto e branco são as cores da esperança.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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