A lição que o título do rival traz ao Corinthians e seus dirigentes

Opinião de Rodrigo Vessoni
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Mauricio Galiotte, presidente do Palmeiras, chegando à Neo Química Arena antes de um Dérbi em 2019; ao lado, o ex-presidente Andrés Sanchez
Foto: Rodrigo Vessoni/ Meu Timão
Antes de mais nada, um recado para quem acompanhará esse texto: se você é clubista ao extremo, quiser fechar os olhos e me xingar nos comentários, ok. É seu direito. Mas, se quiser mesmo o bem do seu Corinthians, abra os olhos, pense mais com a cabeça do que o coração, leia o texto de mente aberta e reflita.
Vamos lá:
O Palmeiras conquistou o título da Libertadores 2020 e o reflexo no Corinthians é imediato. É sempre assim. Desde sempre. A pressão vai aumentar (seria igual se fosse ao contrário). E o que a conquista do maior rival pode servir de exemplo ao Timão? Algo simples: buscar ser um protagonista permanente.
O rival se organizou financeiramente e virou protagonista, brigando sempre pelo G4 e se tornou um integrante fixo da Libertadores. Joga todas, uma hora ganha. É assim mesmo.
O Corinthians precisa se reorganizar para montar times fortes permanentes, como foi no começo da década passada. E não chegar numa final de Copa do Brasil (2018) quase aleatoriamente, no embalo da torcida, com um time que dias depois quase caiu no Brasileirão (ficou a dois pontos da zona).
Cabe ao presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, ter cabeça no lugar pra não fazer besteira diante da pressão que aumentará após o título do maior rival. Hora é de organizar as finanças, sim.
"Ah mas o Palmeiras teve um mecenas". Sim. É verdade. Mas também fez um trabalho de reorganização. Isso também é indiscutível. E só não teve mais frutos porque fez suas bobagens, pois também tem seus problemas históricos como qualquer clube associativo. Mas o mérito é indiscutível.
Por fim, peguem a base como comparação. Peguem os jogadores revelados pelo Palmeiras e os do Corinthians. Há uma clara diferença nos trabalhos. De força física dos jovens atletas e de qualidade. Quase todos os meninos do rival são protagonistas, os do Corinthians não são. Só não enxerga quem não quer.
Fica minha reflexão a todos vocês. O Corinthians tem capacidade para arrecadar mais do que o Palmeiras. Aliás, mais não. MUITO MAIS. E, consequentemente, ter uma condição financeira para montar times melhores. Times melhores, não. Times MUITO MELHORES.
Mas é preciso que alguém faça esse trabalho que, sinceramente, espero que já seja Duilio Monteiro Alves. Agora mesmo.
Ao torcedor, cabe apoiar a gestão que queira fazer isso (principalmente as torcidas organizadas). Afinal, sem esse apoio nada acontecerá.
E, se essa organização acontecer, com o potencial financeiro do Corinthians, os Everaldos, Leo Nateis, Davós, Cafus não farão mais parte do elenco, e sim, grandes jogadores brasileiros e sul-americanos pois o clube passará a ter condições de trazê-los.
O recado final é o mesmo do início do texto: você decide se esse texto vale seu xingamento ou sua reflexão.
Abraços.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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