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Detalhes da manhã sonolenta em Itaquera
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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Coluna do Walter Falceta

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Detalhes da manhã sonolenta em Itaquera

Arena Corinthians: domingão de futebol chocho

Foto: WFJr.

1) Respeito preferências. Mas não me apetecem jogos às 11 horas da manhã. Os baladeiros de sábado chegam dormindo às arquibancadas. O trabalhador perde o reparador descanso matutino. Normalmente, há sol demais, os atletas se desgastam no descompasso do horário. Somo com Tite, que há dois anos fez severas críticas às partidas disputadas sob o sol do meio-dia.

2) Meu aborrecimento se estende ao comportamento de parte considerável da torcida. Mais de 40 mil fiéis (pelo menos nos registros oficiais) e tíbio apoio ao time. Pode ser o sono? Pode. Mas também não vi entusiasmo adequado na partida em que fomos derrotados pelo Independiente, na noite de quarta-feira.

3) Savio Pereira Sampaio, o árbitro, é mais um fanfarrão. Deixa, porém, a choradeira para o vice-campeão paulista.

4) Quero crer que tentamos compor um 4-2-3-1. Durante boa parte da partida, no entanto, via-se a primeira linha, de quatro, depois um amontoado de jogadores, prensados nas duas compactas paredes do adversário. De cima, o time cearense parecia atuar com uma trinca de zagueiros e dois laterais recuados. Logo à frente, mais uma linha de cinco, da qual ocasionalmente se lançavam ao ataque dois ou três jogadores.

5) Bonita trama e gol de Wescley, ainda no princípio da disputa. Em seguida, como era de se esperar, o visitante se retraiu ainda mais, efetuando uma marcação disciplinada a partir do meio campo.

6) Do nosso lado. Pedrinho não decepcionou. Insinuante, costurou várias vezes a defesa do Vovô. Cabe indagar se sua vocação é mesmo atuar como uma espécie de ponta-direita. Normalmente, conclui suas intervenções na quina da meta adversária. Resta-lhe tentar o passe ou o cruzamento. Em um ataque ainda sem referências, seu talento acaba desperdiçado.

7) Na visão deste comentarista, Sidcley foi o pior em campo contra o Independiente. Hoje, mal foi visto em campo. Substituiu o erro pela invisibilidade. Marquinhos Gabriel é daqueles que irritam pelo preciosismo, pelo enfeite excessivo, pela paradinha que mata o ataque.

8) Danilo teve atuação apagada. É um estupendo craque, mas cabe à comissão técnica avaliar se ainda pode contribuir efetivamente para o time. A idade chega para todo mundo.

9) A quantidade de passes errados assusta. Carille aponta desentrosamento. Deve ter razão na justificativa. Mas há momentos em que desconfiamos de deficiência técnica ou de pouca intimidade com os fundamentos.

10) Há quem tenha elogiado a participação de Roger. A ideia é de que finalmente temos uma referência de área, um homem capaz de fazer o pivô e concluir a gol. Ainda é cedo para qualquer análise conclusiva. Particularmente, vi o mesmo jogador mediano que passou por trocentos times brasileiros. Aos 36 do segundo tempo, concluiu para fora, de cabeça. Um rapaz da leste superior protestou: "esse até minha avó fazia". Ela, ali do lado, concordou com o neto.

11) O que mais assustou, no entanto, foi a incapacidade mosqueteira de encurralar o adversário. Criou chances, especialmente no segundo tempo, com certeza. Mas com futebol vagaroso, morno, sem inspiração, sem jamais sufocar o adversário. Quarto jogo consecutivo sem vitória. E um prematuro clima de fadiga, dentro e fora das quatro linhas.

Veja mais em: Campeonato Brasileiro e Arena Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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