Acho uma opinião interessante, mas discordo em alguns pontos.
Primeiro, discordo a respeito do Gabriel, ele não vinha demonstrando um bom futebol até mesmo antes do Sylvinho. Sinceramente, eu acho que ele poderia ser banco também, mas nós temos jogadores que vem desempenhando mais e o clube precisa de dinheiro (muito dinheiro, como bem sabemos). Soma-se a isso a insatisfação da torcida e temos uma decisão um tanto lógica.
Quanto a Sylvinho, sinceridade, a torcida pediu a saída de forma correta e não foi atendida, então ela fez pressão da forma que consegue até ser ouvida. Não precisaria de nada disso se os dirigentes tivessem ouvido antes, lá no fim de 2021, quando a temporada acabou e ele já deveria ter saído. Corinthians não é campo de teste pra treinador, não é caridade.
Concordo com a questão do Paulista. Título é título. Eu acho que isso é porque muita gente escuta provocação das outras torcidas e agora acha que o campeonato não importa. Importa, é título para o clube e ainda há times competitivos, então é sempre importante quando é ganho.
Agora, acredito que o texto fala algo que eu não gosto, que é essa glamourização do sofrimento corinthiano. Veja bem, eu acho que a torcida tem sim que apoiar o clube, nos momentos bons e ruins, com título ou sem, com dinheiro ou sem, com elencos bons ou ruins. Dito isso, o Corinthians é gigante, bi mundial, campeão continental, heptacampeão brasileiro, 30 títulos paulistas, campeão da Copa do Brasil. Compreender os momentos de baixa de títulos é fundamental, não ser arrogante, como a própria matéria falou, é necessário. Mas isso não quer dizer que a gente tem que se acostumar com um padrão baixo, que a gente não pode cobrar, fazer pressão. É essa atitude que faz com que diretorias se acomodem, que a torcida se acomode num passado vitorioso e nada faça pra mudar isso. Corinthians é sofrido as vezes e a gente vai estar lá pra superar o sofrimento, não pra aceitar o sofrimento calados e viver num "relacionamento abusivo".