Caso de agressão contra meia do Corinthians ganha novo capítulo; inquérito é aberto
9.5 mil visualizações 68 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) abriu um inquérito para apurar as agressões de torcedores do Corinthians ao meia Luan, na madrugada da última terça-feira, em um motel da zona oeste da capital paulista.
Embora Luan tenha decidido não prestar queixa, o delegado Daniel José Orsomarzo, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), optou por iniciar as investigações após relatos dos amigos do meia, nos quais disseram por meio de um Boletim de Ocorrência que um dos agressores portava uma arma de fogo durante o ato.
Em entrevista coletiva, realizada nesta quarta-feira, o delegado disse que o relato causou uma reviravolta na apuração do caso. Segundo o profissional, o inquérito foi instaurado, independente da vontade de Luan e dos amigos dele.
“De ontem para hoje tivemos algumas reviravoltas no caso Luan. Foi elaborada uma ocorrência por dois amigos dele e houve menção a arma de fogo na ameaça. Diante disso, assim que tomamos conhecimento desse Boletim de Ocorrência, foi instaurado inquérito policial, agora por porte de arma de fogo. Daqui para frente, o inquérito transcorrerá sem necessidade da manifestação de vontade do jogador ou de qualquer dos seus amigos” disse o delegado.
Testemunhas do caso, os amigos de Luan falaram que sete homens, já identificados, participaram das agressões e ameaçaram o meia de morte. Após uma tentativa de fuga em direção ao estacionamento, onde pretendiam pedir ajuda, eles encontraram mais invasores, os quais se intitulavam membros da Gaviões da Fiel, e foram xingados e ameaçados.
Os amigos de Luan, porém, não foram alvos de agressões do grupo invasor, que ainda soltou fogos de artifício na região externa do motel para intimidar o atleta.
Daniel Orsomarzo ressaltou que Luan é vítima do caso, assim como os amigos dele, e revelou que eles fizeram um exame de corpo delito nesta quarta-feira e que na quinta os resultados serão apresentados na delegacia.
“O Luan é vítima, assim como os amigos dele. Hoje, segundo o advogado que representa os amigos dele, eles estarão fazendo exame de corpo de delito e amanhã serão apresentados. Quanto ao Luan, ainda não se teve contato com a assessoria dele ou do clube para ser apresentado”, revelou.
A única manifestação de Luan sobre o caso foi uma postagem em seu perfil no Instagram com manchas de sangue nos shorts dele, com a seguinte legenda: “Não é só futebol…”.
O delegado disse que a Polícia Civil irá ao motel para descobrir o que houve dentro do quarto onde Luan se encontrava devido à menção ao porte de uma arma de fogo dos agressores.
“Assim que for apresentado, será coletado seu depoimento e ele será submetido a exame para constatação das lesões. Paralelamente a isso, o pessoal vai ao estabelecimento comercial para saber o que realmente houve ali, porque essa menção de arma de fogo é muito importante. Saber o que houve ali no quarto mesmo”, concluiu.