Sanchez repassa situação financeira da Arena e planos de pagamento
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Por Meu Timão
Ex-presidente e atual superintendente de futebol do Timão, Andrés Sanchez detalhou a situação financeira da Arena Corinthians, inaugurada em maio de 2014. Neste sábado, o dirigente confirmou o pagamento de R$ 5 milhões referentes à primeira parcela do empréstimo tomado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção do estádio.
“Pagamos a primeira prestação em julho, e agora temos que começar a pagar todo mês”, afirmou Andrés, durante participação no programa Mariana Godoy Entrevista, da RedeTV!. O valor total da dívida do clube com o banco citado pelo mandatário é de R$ 400 milhões, que serão amortizados em até 12 anos.
Desde a primeira partida do Corinthians em Itaquera, toda a arrecadação é revertida ao fundo Arena FII, administrado pela Odebrecht e Caixa Econômica Federal. O montante servirá para quitar a construção do estádio, palco da abertura da Copa do Mundo de 2014.
“Foi pego R$ 400 milhões no BNDES e R$ 350 milhões em outro banco. O Corinthians tem que pagar com juros, em 12 anos, R$ 1,15 bilhão. Vendendo o nome do estádio em R$ 350 mi ou R$ 400 mi, que está atrasado realmente dois anos... Vendendo os CIDs, que é o incentivo fiscal da prefeitura numa lei que já existia, que já está em R$ 480 mi, estamos falando em R$ 800 mi, R$ 850 milhões. Tá (sic) pago o estádio”, detalhou.
Em maio, o clube garantiu a venda das primeiras cotas dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) da Arena. A construtora Odebrecht, principal responsável pelas obras do “sonho corinthiano”, comprou duas, no valor de R$ 50 mil cada. “Já estão sendo vendidos, R$ 3 mi ou R$ 4 mi de um total de R$ 480 milhões”, garantiu.
Questionado sobre a demora para encontrar interessados em adquirir os documentos cedidos pela prefeitura de São Paulo, Andrés deixou claro que o clube já sabia que encontraria dificuldades. “Ninguém vai vender os CIDs em 15 dias, até porque você não paga imposto em um dia no ano, você vai pagando mês a mês. Então os grandes bancos, as grandes construtoras, as grandes empresas vão pagar por mês e vão comprando os CIDs”, declarou.
No mês passado, Andrés revelou que o Corinthians estuda a possibilidade de prorrogar o prazo para o pagamento da Arena. Segundo o dirigente, os empréstimos para a construção das Arenas usadas na Copa possuem uma carência de 36 meses, contra 19 do estádio alvinegro. “O que existe é o dinheiro do BNDES, que é o “pré-Copa”, que foi para todos os estádios, deram 36 meses de carência. O Corinthians estava só com 19, então nós pedimos”, acrescentou. “O estádio está aí, está se pagando, pagou a primeira prestação e vai pagar (o restante). Se não der pra pagar em 12 anos, renegocia e paga em 20”, completou.