Roberto de Andrade explica demissão de Oswaldo e assume erro
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Por Vinícius Souza
Após a demissão do técnico Oswaldo de Oliveira ser anunciada pelo Corinthians, o presidente Roberto de Andrade convocou entrevista coletiva em caráter de urgência para o início da tarde desta quinta-feira, no Parque São Jorge. Ao lado do diretor de futebol Flávio Adauto e do gerente de futebol Alessandro Nunes, o mandatário alvinegro falou a respeito da decisão.
“Estamos aqui comunicando que o nosso treinador e sua comissão técnica, o Oswaldo de Oliveira, deixa de ser nosso treinador. Conversamos bastante numa reunião ontem e hoje selamos. Achamos melhor não dar continuidade em seu trabalho. Agradecemos o tempo que ele ficou conosco. Às vezes pega a gente de surpresa, enfim, vamos seguir”, afirmou Roberto de Andrade.
Depois de contratar dois técnicos e promover o auxiliar Fábio Carille em menos de um ano, Andrade foi questionado se a contratação de Oswaldo havia sido um erro. E ele foi sincero: “Primeiro que quando resolvemos trazer o Oswaldo é porque acreditávamos em seu trabalho. Pela sua seriedade, por já ter passado no Corinthians... Logicamente que a pressão, esse contra de todo mundo, que eu não consigo enxergar, mensurar tudo isso”, acrescentou o presidente.
“E os resultados apresentados por ele. Logicamente sabíamos que não dá para fazer muita coisa nesse curto intervalo de tempo. Mas a resposta que foi dada (pelo Oswaldo) não foi o mínimo que esperávamos. Futebol a cobrança é muito grande”, explicou.
Oswaldo comandou o Corinthians em nove jogos, sendo apenas duas vitórias: contra América-MG e Internacional, dois dos quatro rebaixados à segunda divisão do Campeonato Brasileiro. O dirigente se defendeu das críticas acerca da chegada do treinador carioca, campeão mundial pelo Timão em 2000, mas admitiu o erro.
“É difícil de a gente pontuar. Erros sempre existem. Ninguém acerta tudo sempre. Uma média do Corinthians nos últimos anos mostra que estamos com crédito em questão de acerto e erro. Precisamos agora aguardar um novo treinador, a estrutura...”, frisou.
“A gente sabe que você pode ter errado. Persistir no erro é pior ainda. A ideia é que o próximo treinador fique cinco, dez anos. Mas para isso acontecer é necessário resultado. E isso depende de tudo. Tem que mexer no elenco também, em tudo”.
Roberto também foi indagado se já teria possíveis substitutos para o cargo de técnico da equipe paulista, que terá a missão de reerguer o elenco que fracassou na luta por uma vaga na Copa Libertadores da América. “Não (temos um nome para substituto). Vamos nos reunir daqui a pouco para começar a pensar nesse nome”, finalizou.