Sindicato de Atletas defende paralisação do Campeonato Paulista
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Por Vinícius Souza
O Campeonato Paulista corre o risco de ser paralisado. É o que planeja o Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo (Sapesp), que acionou a Federação Paulista de Futebol (FPF) em razão de atrasos salariais. De acordo com a organização, 80% dos clubes do estado devem salários.
A denúncia do Sapesp é baseada na instituição do Fair Play Financeiro, que estabelece a perda de pontos e até rebaixamento no Paulistão caso as equipes não honrem com os compromissos dos jogadores.
Não há mais diálogo com a federação. No último dia 16, o sindicato protocolou um Termo de Encerramento de Prazo sem que a FPF se pronunciasse. Em seguida, entrou com uma liminar na Justiça solicitando o congelamento das três primeiras divisões do Campeonato Paulista. Apesar de indeferido, o pedido obrigou a entidade responsável pela organização dos Estaduais a cobrar dos clubes as devidas regularizações.
“Evidente que não queríamos solicitar a paralisação dos campeonatos, mas com base na experiência que adquirimos, vimos que as grandes transformações que resultaram nas melhorias desenvolvidas no futebol têm por base dois pilares. Um: a iniciativa sempre foi do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, nunca dos dirigentes. Dois: sempre através de ações judiciais, nunca em razão de negociações inteligentes, mesmo que tentássemos essa via de condução porque a mentalidade reinante é por demais arcaica, aquela que tem sempre por base o próprio umbigo, assim, não nos restou outra opção”, afirmou Rinaldo Martorelli, presidente do sindicato.
Uma nova audiência foi marcada para 9 de março. Até lá, as competições seguem normalmente. O Corinthians volta a campo pelo torneio no próximo sábado, contra o Santo André, às 21h (de Brasília), na Arena, pela segunda rodada. O confronto contará com a apresentação de Jadson, anunciado reforço do clube nesta tarde de segunda-feira.
Que situação – Nem mesmo um faturamento bruto de quase R$ 125 milhões com a venda de atletas foi suficiente para que o Corinthians mantivesse suas contas em dia em 2016. Em novembro, o clube voltou a atrasar salários do elenco, funcionários e até garotos das divisões de base.